O ministro de Relações Institucionais do governo Lula (PT), Alexandre Padilha, mostrou-se otimista pela normalização do câmbio, após mais uma intervenção do Banco Central (BC) para contar a disparada do dólar nesta quinta-feira, 26.

“É preciso serenidade nesse momento e furar a bolha dos estresses dos ativos econômicos. Acreditamos que com a aprovação do marco fiscal, a temperatura vai baixar e retornar a um cenário mais sereno e necessário”, afirmou à CNN Brasil.

Segundo Padilha, o presidente Lula vai fazer o “preciso para combinar o fiscal e social” em relação ao pacote de corte de gastos fiscais e da reforma do Imposto de Renda (IT) propostos pelo governo.

Mais leilão do BC

No momento, o mercado não reflete o otimismo de Padilha.

Na abertura do mercado, o dólar chegou a bater 6,1974 reais. Teve que o Banco Central (BC) realizar nova injeção de US$ 3 bilhões à vista para controlar a subida da moeda.

O BC tem interferido de forma contundente desde a semana passada para conter a alta da moeda americana, causada principalmente pela frustração pelo pacote de gastos apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Desde o dia 27 de novembro, o dólar vem disparando a cada dia.

Sobrou até para o Google

Comandada por Jorge Messias, a Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou um ofício ao Banco Central para pedir informações sobre a cotação do dólar nesta quarta-feira, 25, feriado de Natal.

O indicador do Google mostrava a alta do dólar, a R$ 6,38, no dia em que o mercado estava fechado.

“Os dados enviados pelo Bacen subsidiarão eventual atuação da Procuradoria-Geral da União, órgão da AGU, em relação ao buscador Google, que apresentava a cotação do dólar a R$ 6,38, valor R$ 0,20 superior ao registrado no último fechamento oficial (23/12)”, informou a AGU em nota.

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