“É necessário dinheiro, mas, antes de tudo, consciência da importância da Cultura”
O G1 publicou editorial sobre o incêndio no Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Eis um trecho: "A dimensão da catástrofe é ampla: atinge a memória nacional, devido à perda de importante acervo histórico; afeta a área científica, por interromper e pulverizar pesquisas, e representa um prejuízo cultural...
O G1 publicou editorial sobre o incêndio no Museu Nacional, no Rio de Janeiro.
Eis um trecho:
“A dimensão da catástrofe é ampla: atinge a memória nacional, devido à perda de importante acervo histórico; afeta a área científica, por interromper e pulverizar pesquisas, e representa um prejuízo cultural impossível de ser quantificado. Mas sabe-se que é enorme. A impossibilidade de a população em geral e, em particular, estudantes e pesquisadores, terem acesso no país a registros da história da nação e da própria Humanidade é um empobrecimento sério no campo da cultura.
(…) A reclamação da falta de recursos para museus e outras instituições públicas da área cultural é conhecida. E justificada. Mas não se trata de uma particularidade deste segmento do Estado, pois o país enfrenta grave crise fiscal. É bastante provável que o incêndio sirva de argumento a candidatos para pregar o fim do teto dos gastos públicos, tema da campanha.
Mas, sem o combate aos déficits, recursos ficarão ainda mais escassos por força da volta da inflação e da queda na coleta de impostos provocada pela inexorável recessão, causada pelo retorno à irresponsabilidade fiscal desvairada. No campo do aprendizado, ainda está viva a lição da crise aguda de 2015/16, cuja origem foi esta.
A tragédia do Museu Nacional reforça a necessidade de governos, políticos e sociedade fazerem escolhas. É indiscutível que os diversos acervos da história nacional, de sua cultura, precisam ser protegidos. Para isso, é necessário dinheiro, mas, antes de tudo, consciência da importância da Cultura, da Ciência e da História. Num Orçamento trilionário como o brasileiro é possível encontrar os recursos para isso, mas só se houver o entendimento de que há muito dinheiro mal gasto pelo Estado.”
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