“É chocante”, diz procurador
O MPF juntou à denúncia contratos forjados para justificar o repasse da propina a José Dirceu. A Engevix arcou com R$ 900 mil entre abril de 2011 e julho de 2012, garantindo a prestação de serviços de assessoria de imprensa até o ano seguinte...
O MPF juntou à denúncia contratos forjados para justificar o repasse da propina a José Dirceu. A Engevix arcou com R$ 900 mil entre abril de 2011 e julho de 2012, garantindo a prestação de serviços de assessoria de imprensa até o ano seguinte.
Os pagamentos foram ainda confirmados por provas coletadas pelo Ministério Público Federal, como afastamento de sigilo bancário e fiscal das empresas envolvidas, e oitiva de seus representantes.
Segundo o MPF, a contratação de uma empresa de assessoria de imagem por José Dirceu coincide com o momento em que a denúncia da Ação Penal nº 470 já havia sido recebida e o julgamento da ação já havia iniciado. Seu envolvimento em um escândalo de corrupção custou-lhe a perda do cargo público e um desgaste de imagem.
“É chocante que o ex-ministro-chefe da Casa Civil tenha usado dinheiro da corrupção na Petrobras para contornar os efeitos negativos da descoberta de seus crimes. É o crime sendo usado para reduzir os prejuízos do crime descoberto”, ressalta o procurador da República Júlio Noronha.
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