E as malas do irmão de Alcolumbre com R$ 500 mil?
A Polícia Militar de São Paulo apreendeu na madrugada de 25 de março de 2022 exatos 499.970 reais em duas malas (foto). O dinheiro estava em um veículo ligado ao irmão do senador Davi Alcolumbre (União-AP)...
A Polícia Militar de São Paulo apreendeu na madrugada de 25 de março de 2022 exatos 499.970 reais em duas malas (foto). O dinheiro estava em um veículo ligado ao irmão do senador Davi Alcolumbre (União-AP), Alberto Samuel Alcolumbre Tobelem. Quase dois anos depois, Alberto ainda não conseguiu explicar a origem dos recursos, como destaca o portal Uol nesta quarta-feira, 27.
A reportagem detalha como ocorreu a apreensão naquele dia. O motorista do carro onde estavam as malas tentou escapar de uma blitz policiai. Ao ser interceptado pelos PMs, desembarcou jogando duas malas no chão e dizendo: “Só não posso falar o partido, porque senão eu vou me complicar muito”.
Alberto Alcolumbre, que atualmente preside a Junta Comercial do Amapá e é mais conhecido por Beto, se aproximou da cena em outro carro. E o homem que levava as malas o apontou para os policiais: “Foi esse aí que entregou o dinheiro para mim”.
O dinheiro do irmão do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado — e ex-presidente da Casa legislativa — permanece apreendido até hoje.
A explicação
Beto disse que viajou com as cédulas de Macapá a São Paulo, passando por Brasília, e que costuma pagar suas contas em dinheiro vivo. Disse ainda que ganhou o dinheiro trabalhando como advogado e vendendo carros.
As versões de todos os envolvidos no caso conflitam — o dinheiro seria usado para campanha política ou para um estudo jurídico, a depender do depoimento.
“A declaração de imposto de renda [de Alberto Alcolumbre] registra rendimentos e patrimônio — incluindo o ganho com a venda comprovada de um imóvel — muito inferiores à quantia apreendida. A divisão patrimonial no seu divórcio não indica a mobilização do patrimônio”, diz o promotor do caso, Marcello Penteado, em parecer à Justiça no processo sigiloso, cujo conteúdo foi reproduzido pelo Uol.
O portal diz ainda que “o papel de Beto nos bastidores das campanhas eleitorais de Davi Alcolumbre é dar retaguarda na área financeira, segundo relataram quatro fontes”.
Caixa dois?
O caso foi parar na Justiça Eleitoral, por suspeita de caixa dois. Foi quando Beto apresentou um contrato relativo ao alegado estudo jurídico, levando a procuradoria a descartar crime eleitoral. Para o promotor Marcello Penteado, contudo, falta explicar a origem do dinheiro.
“Se não mais reclamados e sem ter a origem comprovada, os valores passarão para os cofres do estado de São Paulo, segundo o Código Penal”, finaliza a reportagem do Uol.
Que sejam bem utilizados.
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