E agora, Alexandre, o que cê vai fazer?
O cantor Alexandre Pires está sendo investigado pela Polícia Federal por ser suspeito de participar de um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo a exploração ilegal de minérios na Terra Indígena Yanomami. Acredita-se que ele tenha recebido ao menos um R$1 milhão...
O cantor Alexandre Pires está sendo investigado pela Polícia Federal por ser suspeito de participar de um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo a exploração ilegal de minérios na Terra Indígena Yanomami. Acredita-se que ele tenha recebido ao menos um R$1 milhão.
De acordo com a PF, o esquema teria movimentado cerca de R$ 250 milhões. A mineradora investigada pertence a Matheus Possebon, empresário do cantor, que foi preso no mesmo navio em que estava Alexandre Pires.
Por nota, o advogado do empresário disse que seu cliente não tem nenhum vínculo com a mineradora.
“A prisão de Matheus Possebon é uma violência. Foi decretada por conta de uma única transação financeira com uma empresa que Matheus não mantém qualquer relação comercial. Mais grave ainda, a prisão se deu sem que Matheus pudesse ao menos esclarecer a transação. A defesa, porém, está certa de que esta violência será prontamente desfeita, e que Matheus poderá, em liberdade, comprovar que nada tem a ver com a investigação“, disse o advogado Fábio Tofic Simantob.
Além de Possebon, a polícia prendeu também o empresário Christian Costa dos Santos, que está envolvido com garimpo ilegal em Roraima.
A operação Disco de Ouro, como foi denominada, cumpriu dois mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão em diversos locais, como Boa Vista e Mucajaí (RR), São Paulo (SP), Santos (SP), Santarém (PA), Uberlândia (MG) e Itapema (SC). Também foi determinado o sequestro de mais de R$ 130 milhões dos suspeitos.
Essa operação é um desdobramento de uma ação da PF realizada em janeiro deste ano, quando foram apreendidas 30 toneladas de cassiterita extraída da Terra Indígena Yanomami. O minério estava armazenado na sede de uma empresa investigada e seria enviado para o exterior.
De acordo com as investigações, o esquema tinha como objetivo a lavagem de cassiterita retirada ilegalmente da Terra Indígena Yanomami. O minério era declarado como originário de um garimpo regular no Rio Tapajós, em Itaituba (PA), e supostamente transportado para Roraima para ser processado. No entanto, foi constatado que o minério era, na verdade, proveniente do próprio estado de Roraima.
Durante as investigações, foram identificadas transações financeiras relacionadas a toda a cadeia produtiva do esquema, incluindo pilotos de aeronaves, postos de combustíveis, lojas de máquinas e equipamentos para mineração, além de pessoas utilizadas como laranjas para encobrir movimentações fraudulentas.
Alexandre Pires perdeu a oportunidade de dizer ao seu empresário: “sai da minha aba, sai pra lá”.
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