Durante viagem ao Brasil, Macron ignorou Tarcísio de Freitas
Do outro lado, o presidente francês foi ao X – antigo Twitter – "assumir" seu relacionamento com o petista Lula
O presidente da França, Emmanuel Macron, ignorou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em sua passagem pelo estado nesta semana, informa a coluna painel da Folha.
“Em comparação, o francês esteve com os governadores Helder Barbalho (MDB), do Pará, e Claudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, nas visitas aos dois estados, sempre na companhia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, lembra o jornal.
“Tarcísio é aliado político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem uma rusga antiga com Macron, motivada por críticas do francês ao desmatamento na Amazônia. Bolsonaro também chegou a criticar em uma rede social a primeira-dama da França, Brigitte Macron”, rememorou a Folha.
Do outro lado, o presidente francês foi ao X – antigo Twitter – “assumir” seu relacionamento com Lula.
Em alusão às imagens divulgadas na quarta-feira, de um passeio entre Macron e Lula por Belém e que foram comparadas a um ensaio pré-wedding, o presidente francês afirmou:
“Algumas pessoas compararam as imagens da minha visita ao Brasil com as de um casamento, e eu digo a elas: foi um casamento! A França ama o Brasil e o Brasil ama a França”, disse Macron.
“Em Belém, pudemos caminhar juntos por essa Amazônia compartilhada e confirmar nossa determinação comum de lutar pelas florestas e pelas pessoas. Vimos no Rio a força da nossa cooperação no setor da defesa, com o lançamento do Tonelero, o terceiro submarino da nossa parceria”, acrescentou Macron.
“Sua eleição, querido Lula, e a maneira como você restaurou o equilíbrio institucional significam muito para nós”, pontou o presidente francês.
Apesar do clima amistoso, a visita de Macron foi marcada pela confirmação de que o acordo Mercosul-União Europeia foi definitivamente enterrado.
Em encontro com empresários na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), o presidente francês criticou os termos do acordo atual e defendeu a elaboração de um novo.
“O acordo Mercosul-UE como está sendo negociado agora é um péssimo acordo. Foi negociado há 20 anos”, disse Macron no discurso de fechamento do Fórum Econômico Brasil-França.
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