“Duas pontas que se retroalimentam”, diz Janaina sobre Bolsonaro e Lula
Ao comentar o ato convocado por Bolsonaro no domingo, ela afirmou que Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) fazem um "novo teatro das tesouras"
Janaina Paschoal, ex-deputada estadual por São Paulo, afirmou nesta segunda-feira, 26, que Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) fazem um “novo teatro das tesouras”.
Ao comentar o ato convocado por Bolsonaro no domingo, 25, a jurista, que apoiou o ex-presidente em 2018, disse que ele e Lula são “duas pontas que se retroalimentam” e “funcionam de forma muito parecida”.
“Respeitando opiniões divergentes, eu vejo, com clareza, um novo teatro das tesouras. Duas pontas que se retroalimentam e, guardadas as particularidades, funcionam de forma muito parecida. Ambas têm seus fiéis, que veem crimes na outra ponta, ambas têm seus atos de dramatização e ‘despedida’. Uma ponta brinca de fazer calar a outra. Antes, eu tinha pena do povo, que acredita nesse teatro. Hoje, vejo que o povo gosta e também se alimenta disso. Pobre daquele que pensa que essa representação os aniquila mutuamente. Esse teatro os mantém vivos e eles sabem disso!”, escreveu Janaina na rede social X, antigo Twitter.
O ato de Bolsonaro
Jair Bolsonaro (PL) participou no domingo, 25, de um ato com apoiadores na avenida Paulista, em São Paulo.
Em nome da “defesa do Estado Democrático de Direito”, o ex-presidente agora posa de vítima do sistema que ele próprio fortaleceu.
Em discurso, Bolsonaro evitou citar o Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes, e disse buscar “a pacificação para passar uma borracha no passado”.
Ele afirmou ainda que nenhum “mal é eterno” e que o “abuso por parte de alguns trazem insegurança para todos nós”.
“Tem gente que sabe o que eu falaria, mas o que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado, é buscar uma maneira de nós vivermos em paz, é não continuarmos sobressaltados.”
Bolsonaro pediu ainda anistia “para aqueles pobres coitados” que foram presos pelo 8 de janeiro:
“Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos, a conciliação. Nós já anistiamos no passado quem fez barbaridade no Brasil, agora nós pedimos a todos os 513 deputados um projeto de anistia para que seja feita Justiça em nosso Brasil, e quem porventura depredou o patrimônio, que nós não concordamos, que pague.”
“Golpe é tanque na rua”
No discurso, Bolsonaro disse ainda que tem levado “pancadas” e falou em “perseguição”.
“O que é golpe? É tanque na rua, é arma, conspiração. Nada disso foi feito no Brasil”, disse. “Agora o golpe é porque tem uma minuta do decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Tenha paciência.”
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