DPU pediu à Justiça medidas sobre Enem descartadas pelo governo
A Defensoria Pública da União pediu na Justiça duas medidas sobre o Enem que já haviam sido descartadas pelo governo dias antes...
A Defensoria Pública da União pediu na Justiça duas medidas sobre o Enem que já haviam sido descartadas pelo governo dias antes.
Quando pediu a suspensão da divulgação dos resultados do Sisu, a DPU requereu:
a) que seja comprovado que a revisão das notas das provas nas quais foram identificadas falhas foram consideradas para a readequação das notas de todos os candidatos no Enem;
b) que seja comprovado que todos os solicitantes de revisão tiveram seu pedido atendido, ainda que a nota não tenha sido alterada.
Em coletiva de imprensa na semana passada, o presidente do Inep, Alexandre Lopes, descartou antecipadamente os dois problemas.
Afirmou que a quantidade de candidatos afetados pelo problema dos gabaritos trocados foi muito pequena para afetar a nota dos demais. E que os mais de 172 000 e-mails foram lidos pela equipe do MEC, sem dar detalhes de como foram respondidos.
O primeiro pedido faz sentido porque o Enem não é uma prova tradicional, na qual cada resposta vale 1 ponto. As questões têm peso diferente dependendo da taxa de acertos. Como as notas de quase 6 000 candidatos foram revistas, faz sentido revisar a nota de todos os mais de 3 milhões de candidatos, ainda que o número de gabaritos com erro seja pequeno.
O MEC também ofereceu um e-mail para os candidatos pedirem revisão de suas notas. Ao mesmo tempo, Alexandre Lopes informou que o ministério realizou um procedimento interno para detectar a origem do problema e identificar as provas que tiveram o gabarito trocado na gráfica. Não está claro o que o MEC fez com os milhares de e-mails recebidos.
A liminar suspendendo a divulgação do Sisu foi concedida na sexta (24) e mantida no domingo (26). O caso agora está no STJ.
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