‘Doutor Bumbum’ é condenado a 3 anos em SP
Um falso paramédico foi condenado em SP por procedimentos estéticos ilegais. Saiba como identificar profissionais não qualificados e evitar riscos à saúde.
No dia 19 de março de 2019, a justiça de São Paulo condenou Patrick Galvão Matos Ferreira a uma pena de 3 anos e 4 meses em regime semiaberto. O motivo? A aplicação não autorizada de uma substância nos glúteos de uma paciente, um ato que levantou sérias questões sobre a regulamentação e segurança de procedimentos estéticos.
Patrick, que foi detido enquanto se preparava para realizar um outro procedimento em um hotel em Guarulhos, se passava por profissional da saúde sem possuir qualquer formação médica. A substância utilizada era óleo mineral, enquanto ele afirmava ser Metacril, uma resina usada legalmente por certos profissionais da área médica para aumentar a firmeza dos glúteos.
O que aconteceu com a vítima após o procedimento?
A mulher afetada, de 26 anos, reportou que após as aplicações sentiu dores intensas e desconfortos físicos, o que a levou a buscar Patrick para reclamar dos efeitos. Em resposta, ele ofereceu medicamentos e recomendou repouso, alegando que os sintomas desapareceriam. A vítima ainda buscou ajuda médica por conta de sintomas persistentes como tosse e falta de ar, sendo então alertada sobre as possíveis reações adversas do produto usado.
Análise Legal do Caso
A sentença emitida pelo Tribunal de Justiça ressaltou a gravidade da conduta de Patrick, que agia sem qualquer credencial médica. As investigações foram fundamentadas pelo Instituto Médico Legal (IML), que confirmou a natureza do produto aplicado como sendo óleo mineral, o que contrasta com as afirmações iniciais de Patrick sobre o uso de Metacril.
Interrogado, Patrick negou conhecer a vítima e qualquer envolvimento com procedimentos estéticos. Ele alegou que sua atuação profissional estava restrita à área comercial, e que nunca havia se apresentado como membro do SAMU, apesar de testemunhas relatarem o contrário. A defesa de Patrick, por sua vez, argumentou a inocência dele, afirmando a existência de provas que absolveriam seu cliente e anunciando que já haviam solicitado recurso contra a decisão.
Implicações futuras para procedimentos estéticos sem licença
- Regulamentação mais rígida: A necessidade de uma fiscalização mais abrangente sobre quem está habilitado a realizar tais procedimentos.
- Conscientização pública: Maior esclarecimento sobre os riscos associados a procedimentos estéticos ilegais e a importância de buscar profissionais devidamente licenciados.
- Proteção ao consumidor: Fortalecimento das leis que garantem a segurança e o bem-estar de indivíduos submetidos a qualquer intervenção estética.
Este caso sublinha a importância de escolher profissionais qualificados e regulamentados para a realização de qualquer procedimento estético, visando evitar riscos à saúde e garantir a eficácia dos resultados desejados.
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