Dominguetti negociou vacinas com cinco países: “Enfia na Arábia Saudita”
Mensagens obtidas pela CPI da Covid após quebra de sigilos e às quais O Antagonista e a Crusoé tiveram acesso mostram que o suposto revendedor de vacinas Luiz Paulo Dominguetti negociou a venda de doses com pelo menos outros cinco países, além do Brasil...
Mensagens obtidas pela CPI da Covid após quebra de sigilos e às quais O Antagonista e a Crusoé tiveram acesso mostram que o suposto revendedor de vacinas Luiz Paulo Dominguetti negociou a venda de doses com pelo menos outros cinco países, além do Brasil.
Em uma conversa em 25 de fevereiro com um contato identificado no celular de Dominguetti como “Rafael Compra Deskarpak”, o cabo da Polícia Militar relata estar em “estágio avançado”, com Angola e Honduras, a negociação do quantitativo de 45 milhões de doses.
O interlocutor responde: “Top”.
No mesmo dia, mais tarde, Dominguetti comemora a venda “formalizada”, segundo ele, para outro país:
“A venda da arábia saudita está feita, tá. Bateram o martelo lá. Essas de Honduras e Angola também, da Astrazenica.”
A venda para a Arábia Saudita teria sido fechada com um cônsul daquele país no Brasil. Domingueti também relata a Rafael ter negociado vacinas com Peru e Paraguai.
Escute o áudio em que um interlocutor comemora com Dominguetti o avanço dos negócios:
O cabo diz que um “ministro do Paraguai está à frente” da negociação e afirma que a venda poderia avançar mais rapidamente caso “tivermos a certeza da vacina”, em uma demonstração de que não tinha certeza de que conseguiria, efetivamente, entregar os imunizantes contratados.
Os diálogos trocados pelo suposto vendedor com interlocutores são permeados por palavrões. À certa altura de uma conversa sobre a negociação com diferentes países, Rafael questiona Dominguetti sobre quais ações eles deveriam priorizar:
“Enfia na arábia saudita”, respondeu o PM.
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