Dodge: Paulo Bernardo era “operador” de Gleisi
Nas alegações finais conra Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo, a PGR reforça que Paulo Roberto Costa repassou propina ao casal para manter-se como diretor da Petrobras, visto que ambos ocupavam posicões de destaque no governo petista. Raquel Dodge também afirma que Paulo Bernardo funcionava como "operador" de Gleisi, fato corroborado por Delcídio do Amaral e Ricardo Pessoa...
Nas alegações finais conra Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo, a PGR reforça que Paulo Roberto Costa repassou propina ao casal para manter-se como diretor da Petrobras, visto que ambos ocupavam posicões de destaque no governo petista.
Raquel Dodge também afirma que Paulo Bernardo funcionava como “operador” de Gleisi, fato corroborado por Delcídio do Amaral e Ricardo Pessoa.
Não, a delação de Delcídio do Amaral não morreu.
Leia esse trecho das alegações finais:
“Frise-se, neste sentido, que PAULO BERNARDO SILVA, à época, era Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão (função ocupada desde o início de 2005), figurando como forte quadro do PT (com três mandatos de Deputado Federal, iniciados em 1991), agremiação partidária que comandava o Governo Federal e que tinha perspectivas concretas de continuar a fazê-lo, com a eleição presidencial. Tanto é assim que PAULO BERNARDO SILVA, ao deixar o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, passou a ocupar o Ministério das Comunicações, do inicio de 2011 até o inicio de 2015 — ambas funções com poder de influência no circulo decisório do Governo Federal.
O mesmo se diga de GLEISI HOFFMANN, esposa de PAULO BERNARDO SILVA. Em 2010, GLEISI HOFFMANN já se sobressaía como figura expoente do PT, tendo se lançado como forte candidata ao Senado. Tanto é assim que GLEISI HOFFMANN foi de fato eleita Senadora e, em meados de 2011, nomeada Ministra-Chefe da Casa Civil, função na qual permaneceu até 2014 — o que ilustra o seu potencial á época, para além da eleição para o cargo de Senadora, de ocupar funções com poder de influência no circulo decisório do Governo Federal. Atualmente, é a presidente do Partido dos Trabalhadores.
Procurando infirmar as declarações dos colaboradores, em sede policial, tanto PAULO BERNARDO SILVA quanto GLEISI HOFFMANN foram incisivos ao negar qualquer participação daquele na arrecadação de recursos para a campanha desta em 2010 (fls. 257/260 e 300/304).
Todavia, o desempenho desta função por PAULO BERNARDO SILVA, como um verdadeiro “operador” de sua esposa — inclusive valendo-se da importância do Ministério então por ele ocupado, exatamente como dito por Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, que o apontaram como solicitante da vantagem indevida em favor da denunciada, além de ter vindo à tona em outra investigação’ —,foi corroborado por Deicídio do Amaral Gomez e Ricardo Ribeiro Pessoa.
Com efeito, em Termo de Declarações prestado em 11/4/2016, o colaborador Deicídio do Amaral Gomez afirmou (fls. 1034/1036):
“…PAULO BERNARDO sempre foi, desde a época que passou pelo Mato Grosso do Sul e até mesmo antes, considerado um ‘operador’ de GLEISE HOFFMANN; QUE PAULO BERNARDO sempre foi visto como um ‘operador de muita competência’; QUE questionado sobre o que quer dizer com a expressão ‘operador’, respondeu que significa que ele tinha uma capacidade forte de alavancar recursos para a campanha…; […] QUE diz isto porque acredita que em 2010 PAULO BERNARDO já captava recursos para GLEISE HOFFMANN; QUE não há incompatibilidade entre PAULO BERNARDO ser Ministro do Planejamento à época (2010) e ser operador de GLEISE HOFFMANN; QUE, ao contrário, por ser PAULO BERNARDO Ministro, ele tinha bastante força para captação de recursos, até porque uma das responsabilidades dele, como Ministro do Planejamento, era gestionar o orçamento da União e, como tal, tinha muita força.”
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)