Lúcio Funaro disse em sua delação premiada, obtida por O Antagonista, que recebeu uma ligação de Geddel Vieira Lima, para que pegasse no escritório do advogado José Yunes a quantia de R$ 1 milhão.
O dinheiro era parte da doação de R$ 10 milhões negociada por Michel Temer e Eliseu Padilha com a Odebrecht, para a eleição de 2014.
Do total, R$ 4 milhões foram entregues a Yunes e, desse valor, R$ 1 milhão foi repassado a Geddel. Funaro foi instruído a recolher a quantia e enviá-la a Salvador.
“O dinheiro é de Michel”, teria dito Geddel.
O operador contou à PGR que ligou para Yunes e combinou a retirada. Foi recebido pelo próprio advogado, ex-assessor especial de Temer.
Depois de breve conversa, a secretária e o motorista de Yunes lhe entregaram uma caixa contendo o dinheiro. O milhão foi entregue na sede do PMDB baiano, por meio de um esquema logístico do doleiro Tony.
A versão de Funaro contradiz a do ex-assessor especial de Temer, segundo o qual foi Funaro quem “deixou” o 1 milhão em seu escritório.
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