Há disposição no Conselho de Ética para punir “erro” de Kim Kataguiri
O Antagonista ouviu ao longo desta quarta-feira (9) alguns integrantes do Conselho de Ética da Câmara, que pediram reserva para comentar o caso envolvendo o deputado federal Kim Kataguiri (foto), que está prestes a trocar o DEM pelo Podemos. Mesmo os que são próximos do parlamentar e ponderam que entendem "o que ele quis dizer" nas declarações sobre o nazismo...
O Antagonista ouviu ao longo desta quarta-feira (9) alguns integrantes do Conselho de Ética da Câmara, que pediram reserva para comentar o caso envolvendo o deputado federal Kim Kataguiri (foto), que está prestes a trocar o DEM pelo Podemos.
Mesmo os que são próximos do parlamentar e ponderam que entendem “o que ele quis dizer” nas declarações sobre o nazismo acreditam que as representações sobre o episódio devem avançar no colegiado.
Um deles resumiu assim o sentimento dos pares:
“Quando se fala em nazismo, nenhum raciocínio que não seja a condenação clara pode ser aceito. A gente conhece o Kim, ele não defendeu o nazismo, ele não defenderia o nazismo. Mas, mesmo que tenha sido um erro na fala do deputado, foi um erro grave, um erro que não pode passar despercebido.”
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Integrantes do Conselho não falam em cassação, mas preveem alguma punição ao deputado.
Como noticiamos, em debate no podcast Flow na última segunda-feira (7), Kim Kataguiri disse achar um erro a Alemanha ter criminalizado o nazismo.
“O que eu defendo é que, por mais absurdo, idiota, antidemocrático, bizarro, tosco que [seja] o [que o] sujeito defenda, isso não deve ser crime. Por quê? Porque a melhor maneira de você reprimir uma ideia antidemocrática, tosca, bizarra, discriminatória é você dando luz àquela ideia, para que aquela ideia seja rechaçada socialmente e, então, [seja] socialmente rejeitada”, afirmou ele, no mesmo debate, do qual também participou a deputada Tabata Amaral.
O deputado, que participou ontem do Papo Antagonista, alegou que o fato foi distorcido e afirmou que “o nazismo é um projeto criminoso”.
Hoje pela manhã, o deputado Paulo Azi (DEM-BA), que preside o Conselho de Ética, disse a este site: “Conheço o deputado Kim e sei que ele jamais defenderia algo relacionado ao nazismo ou a práticas nazistas. Pelo que acompanhei na imprensa, ele próprio já esclareceu o episódio”.
Quando uma representação é aceita no Conselho de Ética, o presidente precisa indicar um relator, que apresenta um parecer a ser votado no colegiado.
Como noticiamos, bolsonaristas se aliaram ao PP e ao PT para protocolar representações contra Kim. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), desafeto público do deputado ligado ao MBL, também afirmou que vai acionar o Conselho de Ética.
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