Dino repassa ao STF decisão sobre vídeos do 8 de janeiro
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (foto) disse à CPMI do 8 de janeiro que é “impossível” enviar as imagens internas do ministério registradas no dia da invasão das...
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (foto) disse à CPMI do 8 de janeiro que é “impossível” enviar as imagens internas do ministério registradas no dia da invasão das sedes dos Três Poderes sem autorização da justiça.
Segundo Dino, o envio das imagens sem autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) poderia “resultar no descumprimento de decisão do Supremo Tribunal Federal e comprometer investigações, gerando possível responsabilização“.
O ministro informou que solicitou ao STF a autorização para o envio das imagens.
Na semana passada, o presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), Arthur Maia (União-BA), deu 48 horas para que Dino enviasse as imagens à comissão. O ministro respondeu com uma negativa, alegando que, segundo a pasta, apenas a Justiça pode compartilhar provas de crimes.
Na ocasião, Maia criticou a decisão de Dino. “Todo respeito ao ministro Flávio Dino, não o conheço pessoalmente, nunca estive com o ministro pessoalmente, não tenho motivo para ter nada contra ele — pelo contrário, considero ele um quadro da mais alta significância neste país, senador da República —, mas, se eu aceitar passivamente que um ministro pode se denegar a dar conhecimento à CPI de um documento que a CPI requereu, obviamente que isso prevalecerá para todos e quaisquer alvos de requerimento da CPMI”.
Em sua página na rede social reconhecida até outro dia como Twitter, Maia destacou: “Se nós aceitarmos passivamente esse tipo de comportamento, esta CPMI está fadada, mais do que ao fracasso, condenada ao ridículo”.
A oposição criticou a justificativa de Dino, sob a análise de que o que ocorreu no Ministério da Justiça no dia das invasões não atrapalharia as investigações, mas serviria para entender como se desenrolou a reação aos distúrbios a partir das autoridades federais. O que estaria sob investigação, argumentaram os parlamentares oposicionistas, seriam as possíveis falhas na resposta ao vandalismo, e não o vandalismo em si.
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