Diniz diz que foi 'de comprador a mercadoria' com contratação de advogado de Lula Diniz diz que foi 'de comprador a mercadoria' com contratação de advogado de Lula
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Diniz diz que foi ‘de comprador a mercadoria’ com contratação de advogado de Lula

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3 minutos de leitura 09.09.2020 12:27 comentários
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Diniz diz que foi ‘de comprador a mercadoria’ com contratação de advogado de Lula

Na delação que desencadeou a Operação E$quema S, Orlando Diniz disse que contratou o advogado Roberto Teixeira para dar "uma solução política" aos problemas que vinha enfrentando...

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Diniz diz que foi ‘de comprador a mercadoria’ com contratação de advogado de Lula
Roberto Teixeira

Na delação que desencadeou a Operação E$quema S, Orlando Diniz disse que contratou o advogado Roberto Teixeira para dar “uma solução política” aos problemas que vinha enfrentando no Sesc do Rio. Mas o negócio o fez “ficar à mercê de um mesmo grupo, e passou de comprador a mercadoria”, conforme disse aos procuradores da Lava Jato no Rio.

Diniz contou nos depoimentos que buscou o escritório de Teixeira depois que o ex-ministro da Previdência Carlos Gabas foi indicado para o conselho fiscal da Confederação Nacional do Comércio (CNC), responsável pela gestão do Sistema S, e que uma auditoria descobriu irregularidades em contratos do Sesc de 2010 e 2011, quando Orlando Diniz presidia a entidade.

Por recomendação de Fernando Hargreaves, Diniz contratou Roberto Teixeira, “de quem jamais havia ouvido falar” para costurar uma “solução política”.

Mas, em vez disso, ficou refém do advogado e de seu sócio e genro, Cristiano Zanin Martins. Ambos trabalhavam e ainda trabalham para Lula na Lava Jato. Os dois, segundo Orlando Diniz, assumiram o controle de toda a situação e passaram a extorqui-lo, exigindo mais pagamentos para cada novo movimento, criando “uma forma legal de drenar recursos” das entidades do Sistema S.

Conforme publicamos mais cedo, a contratação custou inicialmente R$ 10 milhões, mas R$ 1 milhão foi pago por fora, em dinheiro vivo. Ao todo, segundo o MPF, o escritório de Zanin e Roberto Teixeira levou R$ 68 milhões da Fecomércio-RJ.

Esse fatiamento nos repasses de dinheiro, segundo Diniz, foi a “prova” de que a contratação não era para prestação de serviços jurídicos.

Leia trecho do relatório da delação:

“Ao contratar Roberto Teixeira, uma pessoa de quem jamais havia ouvido falar até então, em conjunto com Cristiano Zanin, o colaborador pensou que estava comprando a solução política para todos esses problemas; QUE tanto pelo encerramento da primeira reunião, quando Roberto Teixeira alegou precisar “fazer uma consulta” para saber se poderia ser contratado, quanto pelo teor da segunda reunião, quando ele, enfim, afirmou que poderia ser contratado e solicitou um pagamento de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) “por fora”, o colaborador entendeu que seria destinado à “área política”; QUE, até esse momento, não havia discussão de soluções jurídicas com Roberto Teixeira e Cristiano Zanin; …; QUE, ao contratar Roberto Teixeira e Cristiano Zanin, o que, de fato, aconteceu foi ficar à mercê de um mesmo grupo, e passou de comprador a mercadoria; QUE o que de início era um caso administrativo, logo se transformou em uma grande briga jurídica e a necessidade de, a cada movimento, novos contratos serem assinados, tudo controlado por Roberto Teixeira e Cristiano Zanin, auxiliados por Fernando Hargreaves; QUE foi criada, assim, uma forma legal de “drenar recursos” das entidades e do colaborador; QUE, a partir daí, foi instalada a lógica do “quanto pior, melhor”, pois mais contratos iam sendo assinados e os valores iam aumentando; QUE, ao assumir toda a estratégia da disputa com Carlos Gabas, indicando desde a contratação de uma equipe de advogados até a assessoria de imprensa, neste caso a pedido do próprio colaborador, Roberto Teixeira tinha nas mãos todo o controle da situação; QUE o colaborador acredita que tudo estava alinhado para a briga só aumentar; QUE o colaborador perdeu o controle dessa situação;”

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