Dilma redux
Alexandre Schwartsman, na Folha de S. Paulo, alerta que o Brasil não pode esperar até 2019 para fazer uma reforma previdenciária...
Alexandre Schwartsman, na Folha de S. Paulo, alerta que o Brasil não pode esperar até 2019 para fazer uma reforma previdenciária.
“Em trabalho recente, a IFI (que vem produzindo pesquisa de excelente qualidade) indica que, sem a reforma da Previdência, a margem fiscal (o que sobra depois das despesas obrigatórias) desapareceria por volta de 2022. Deve ser óbvio, contudo, que bem antes disso (2019? 2020?) o governo federal deixaria de ser operacional.
Engana-se, portanto, quem acredita que a reforma possa ser postergada até a posse do próximo governo.
Essa posição supõe em primeiro lugar que a nova administração seja simpática às reformas, o que está longe de ser óbvio. No entanto, mesmo que isso seja verdadeiro, o tempo entre assumir e aprovar as reformas provavelmente não será suficiente para evitar que o setor público se torne inviável.
Não se conclui daí que cessarão os serviços federais: o elo mais fraco da corrente é o teto para o gasto, que em tal cenário não sobreviveria, independentemente de estar inscrito na Constituição. O mesmo Congresso que o aprovou cuidará de revogá-lo, e a estratégia de ajuste fiscal de longo prazo será irremediavelmente comprometida.
Assim, tal como no fim do governo Dilma, teríamos uma administração incapaz de lidar com o endividamento crescente, e as preocupações com a sustentabilidade da dívida retornariam ainda maiores”.
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