Dilma não tem saída
Os leitores de O Antagonista sabem que a delação de João Santana confirmará, sem chances de defesa para Dilma, o financiamento ilegal da campanha de 2014 (e tantas outras), com pagamentos feitos pela Odebrecht aqui no Brasil e em contas offshore (risco da cta suíça chegar campanha dela).Nicolao Dino, vice do MPE que atua no caso, sistematizou ao TSE todos os episódios que envolvem o marqueteiro. Os principais pontos foram reproduzidos por Andréia Sadi.Confira...
Os leitores de O Antagonista sabem que a delação de João Santana confirmará, sem chances de defesa para Dilma, o financiamento ilegal da campanha de 2014 (e tantas outras), com pagamentos feitos pela Odebrecht aqui no Brasil e em contas offshore (risco da cta suíça chegar campanha dela).
Nicolao Dino, vice do MPE que atua no caso, sistematizou ao TSE todos os episódios que envolvem o marqueteiro. Os principais pontos foram reproduzidos por Andréia Sadi.
Confira abaixo:
– Relação com João Santana: segundo Marcelo Odebrecht, a relação começou em 2008, quando o ex-ministro Antonio Palocci o procurou para tratar de contribuições para a campanha de 2008. “Ele pediu ao depoente que desse garantias a João Santana de um pagamento entre R$ 15 e R$ 18 milhões. O depoente avisou a Palocci que não lidava com campanhas municipais, somente com as presidenciais. Assim, eles acertaram um valor para a campanha de 2010, e tudo o que fosse pedido por Palocci antes, seria descontado desse valor”.
– Campanhas de 2008 a 2012: Marcelo Odebrecht disse que o grupo pagou João Santana por serviços prestados para as campanhas municipais de 2008 a 2012, para a campanha de 2010 e até mesmo por serviços prestados em campanhas no exterior que o PT tinha interesse em ajudar. Ou eram pagamentos via oficial, através de doações para o PT, ou caixa dois, no Brasil ou exterior.
– Guido Mantega e João Santana: Marcelo afirmou que Dilma disse a ele que assuntos de contribuições deveriam ser tratados diretamente com Mantega. “Agora, a única coisa que eu.. é claro.. eu não sei especificar o momento em que eu tive essa conversa com ela, mas isso sempre ficou evidente, é que ela sabia dos nossos pagamentos a João Santana. Isso eu não tenho a menor dúvida”.
– Dilma e caixa dois: O MPE diz que Marcelo Odebrecht reafirmou entender que Dilma sabia dos pagamentos a João Santana via caixa dois: “a ilicitude, no caso da campanha dela, está na questão do que ela sabia do João Santana e do caixa dois. (..) Marcelo dizia a Dilma, sobre João: “Olha, aquele seu amigo está sendo bem atendido”.
– R$ 20 milhões em 2014: MPE diz que na operacionalização dos recursos do esquema da Odebrecht, “ficou comprovado o pagamento, via caixa dois, pela Odebrecht, em agosto de 2014, de vinte milhões de reais, tendo como destinatária Monica Moura, esposa de João Santana”.
– 4,5 milhões antes, durante e depois: “Também houve outro pagamento de $ 4,5 milhões a Monica, via caixa dois, antes, durante e logo após o período eleitoral, por Zwi Skornocki, dinheiro esse fruto da propina devido ao PT”, escreveu o MPE. “Ela recebeu em pleno ano eleitoral, em parcelas pagas de novembro de 2013 a novembro de 2014, como demonstram os extratos juntados por Skornicki. Ou seja, Monica recebeu esse dinheiro antes, durante e logo após o período eleitoral”.
– Vice-procurador eleitoral, Nicolao Dino: “Não há como negar, nesse contexto, os indicativos de que tal dinheiro – ou ao menos parte dele – tenha sido utilizado para a campanha dos representados, pois, naquele momento, a principal campanha eleitoral movida pelo partido era justamente a dos representados, e João Santana se dedicava a ela naquele hiato”.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)