Dilma de volta ao Alvorada
Felizmente, não é para ficar; a presidente que produziu a maior recessão da história do Brasil foi só visitar o amigão Lula
Oito anos depois de ter sido enxotada do Palácio da Alvorada por um impeachment, Dilma Rousseff (foto) voltou nesta sexta-feira, 26, à residência oficial do presidente da República em Brasília.
Foi a primeira vez que Dilma esteve na Alvorada depois de deixar a Presidência. Ela foi convidada por Lula (PT, foto), amigão e principal culpado por seu governo.
O presidente se fez fotografar com Dilma por Ricardo Stuckert, seu fotógrafo oficial, e publicou a imagem em suas redes sociais. De acordo com a CNN, o encontro não constava da agenda de Lula.
“Recebi a companheira @dilmabr no Palácio da Alvorada hoje de tarde. Primeiro retorno dela ao Alvorada desde 2016. Sempre bem-vinda”, escreveu o petista.
Pior recessão da história
Em seu governo, que durou de 2011 a 2016, Dilma conseguiu produzir a pior recessão da história do Brasl —não superada nem pelo governo de Jair Bolsonaro durante a pandemia—, com queda acumulada de 7% do PIB em 2015 e 2016.
O número superou a retração da economia brasileira no início da década de 80, sob João Figueiredo, o último dos generais-presidentes da ditadura militar. Naquela época, houve ligeira alta do PIB em 1982 (0,83%) entre os recuos registrados em 1981 e 1983.
A incompetência de Dilma na articulação política, por sua vez, ajudou bastante na aprovação de seu impeachment pelo Congresso, em um processo referendado pelo STF.
A então presidente foi condenada em razão de suas pedaladas fiscais, que adulteraram o resultado das contas públicas brasileiras.
Negócio da China
Ajudada por uma manobra de Renan Calheiros e Ricardo Lewandowski —que inventaram o impeachment sem perda de direitos políticos—, Dilma tentou se eleger senadora por Minas Gerais em 2018, dois anos depois de sair do Planalto.
Mesmo com duas vagas em disputa naquele ano, fracassou: os senadores eleitos foram Rodrigo Pacheco, do DEM (hoje presidente da Casa), e Carlos Viana, atualmente no Podemos.
Com o descondenado Lula de volta à Presidência, Dilma foi premiada com uma indicação para chefiar o Novo Banco de Desenvolvimento, mais conhecido como Banco dos Brics, e se mudar para bem longe —a sede do NBD é em Pequim, a capital da China.
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