De acordo com dados da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, desde o início do ano foram registradas 38 mortes por dengue, colocando a unidade federativa em primeiro lugar no ranking nacional. O DF ultrapassou até mesmo Minas Gerais, que possui o maior número de casos da doença em todo o país.

Além dessas 38 mortes confirmadas, há ainda 78 óbitos suspeitos em investigação que também podem ter sido causados pela dengue. Esses números são preocupantes e exigem ações imediatas das autoridades de saúde para conter o avanço da doença.

Os números da dengue no DF

No total, foram notificados 84.151 casos prováveis de dengue até o último dia 17. Esse número representa um aumento significativo de 1.351% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados apenas 5.484 casos prováveis.

A maioria das infecções ocorreu em mulheres, seguida pelo grupo etário de 20 a 29 anos e pelo grupo de 70 a 79 anos.

Situação de emergência

O Distrito Federal declarou situação de emergência em saúde pública no mês de janeiro. O decreto, publicado no Diário Oficial da União, não apenas mencionou a expansão dos casos de dengue, mas também alertou para o risco de epidemia de outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como zika, Chikungunya e febre amarela.

Visando combater o avanço da doença, o Distrito Federal se tornou a primeira unidade da Federação a disponibilizar a vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS). Desde o dia 9 deste mês, crianças de 10 e 11 anos podem receber a imunização. O esquema vacinal consiste em duas doses, com intervalo de três meses. Atualmente, 15 unidades básicas de saúde estão aplicando a vacina.

Como tomar a vacina contra a dengue

Para receber a dose, não é necessário agendamento prévio. Basta comparecer a um dos pontos de vacinação acompanhado dos pais ou responsáveis, portando um documento de identificação e a caderneta de vacinação.

Casos de dengue no Brasil ultrapassam 650 mil

O Brasil ultrapassou a marca dos 650 mil casos de dengue só em 2024, de acordo com os dados mais recentes divulgados pelo Ministério da Saúde.

Até o momento, foram registradas 94 mortes relacionadas à doença, enquanto outros 438 óbitos ainda estão em investigação. É essencial que medidas preventivas sejam tomadas para evitar mais vítimas fatais.