Desmatamento no Cerrado: Números caem no primeiro semestre de 2024
O desmatamento no Cerrado representa um grave desafio ambiental. Em 2024, a região viu um declínio significativo em suas taxas.
Os estados que compõem o Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) têm enfrentado desafios significativos no combate ao desmatamento. Nos primeiros seis meses de 2024, essas regiões foram responsáveis por 77% da perda de vegetação nativa do Cerrado no Brasil, totalizando cerca de 266 mil hectares. O estado da Bahia, em particular, concentrou alguns dos municípios com maiores taxas de desmatamento, ainda que tenha registrado uma queda significativa.
A Bahia, onde a vegetação nativa tem sofrido pressões intensas, viu o desmatamento reduzir em 53% em 2024. Esse resultado é um reflexo das políticas de combate ao desmatamento, embora ainda reste muito a ser feito. No Maranhão, 100 mil hectares foram perdidos, representando uma diminuição de 15% em comparação ao ano anterior.
Desmatamento no Cerrado de Tocantins: Desafios e soluções
No Tocantins, também foi observada uma redução no desmatamento. Aproximadamente 97 mil hectares foram desmatados nos primeiros seis meses de 2024, o que significa uma queda de 14% em relação ao mesmo período de 2023. Essa redução pode ser atribuída a esforços conjuntos do governo e de organizações ambientais, mas ainda há muitos desafios a serem enfrentados.
Principais fatores por trás do desmatamento no Cerrado
Os dados revelam que grande parte do desmatamento no Cerrado está concentrada em áreas com Cadastro Ambiental Rural (CAR) privado. Essas áreas representaram 82% do total desmatado, o que equivale a 284 mil hectares. Além disso, os vazios fundiários – áreas sem posse ou mecanismos de governança definidos – foram a segunda categoria mais desmatada, somando 8% dos alertas.
Redução no desmatamento no Piauí e Goiás
O estado do Piauí viu uma redução no desmatamento de 23%, chegando a um total de 44 mil hectares perdidos. Já Goiás registrou a maior queda percentual dentre os estados do Cerrado, com uma redução de 59% em comparação a 2023, resultando em uma perda de 15 mil hectares.
Impacto ambiental do desmatamento no cerrado
As áreas mais afetadas pelo desmatamento coincidem com aquelas que possuem maior concentração de vegetação nativa. Essa situação evidencia a necessidade urgente de reforçar as políticas de combate e controle ao desmatamento. A pesquisadora Fernanda Ribeiro destacou a importância dessas políticas em um comunicado recente.
Entre as estratégias que podem ser adotadas para combater o desmatamento no Matopiba estão:
- Reforçar as ações de fiscalização ambiental
- Promover a regularização fundiária
- Incentivar a adoção de práticas agrícolas sustentáveis
- Ampliar a área de unidades de conservação
Essas medidas são essenciais para garantir a preservação da biodiversidade e a sustentabilidade das atividades econômicas na região. O desmatamento desenfreado não somente destrói a flora e a fauna local, mas também impacta diretamente as comunidades que dependem dos recursos naturais do Cerrado.
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