Desgastado no STF, bolsonarismo também está na mira do TSE
Governadores Cláudio Castro (PL), do Rio, e Antonio Denarium (PP), de Roraima, e o senador Jorge Seif (PL-SC) aguardam julgamentos que podem cassar seus mandatos neste ano
Desgastado por investigações do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, o entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro também enfrenta problemas no Tribunal Superior eleitoral (TSE), que apura irregularidades nas eleições de 2022.
Em destaque está a situação dos governadores Cláudio Castro (PL), do Rio, e Antonio Denarium (PP), de Roraima, além do senador Jorge Seif (PL-SC). Eles podem perder os mandatos e serem declarados inelegíveis por oito anos.
Denarium
Antonio Denarium é alvo de três investigações e já foi condenado em primeira instância pelo TRE de Roraima. Agora, tenta reverter a decisão no TSE. Conhecido por seu alinhamento ao bolsonarismo, chamou atenção uma live de outubro de 2022. Ao lado de Pablo Marçal, ele declarou:
“Roraima é o único estado do Brasil que não tem nenhum vereador do PT, nenhum prefeito do PT, nenhum deputado estadual do PT, nenhum deputado federal do PT, nenhum senador, nem governador do PT. Aqui é direita, é crescimento, é Bolsonaro de novo”.
As acusações contra Denarium incluem o aumento de gastos durante o ano eleitoral e o uso da máquina pública para sua reeleição, com distribuição de cestas básicas e reformas de residências.
Cláudio Castro
No Rio, além de Castro, o Ministério Público Eleitoral busca a cassação do vice-governador Thiago Pampolha e do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar. Ainda não há data definida para o julgamento de Castro ou a continuação do caso de Denarium, mas a expectativa é de que ambos sejam analisados neste ano.
Jorge Seif
Outro processo que pode ter desfecho em breve é o de Jorge Seif, acusado de abuso de poder econômico por supostamente usar a estrutura da Havan, de Luciano Hang, durante sua campanha. Em novembro de 2022, o TRE de Santa Catarina absolveu Seif por falta de provas.
O caso, contudo, tem reviravoltas. Antes do julgamento, o relator Floriano de Azevedo Marques havia sugerido a cassação de Seif, acompanhando a posição do Ministério Público Eleitoral.
O caso de Jorge Seif também movimentou bastidores políticos em defesa de seu mandato. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), atuaram para apoiá-lo.
Floriano de Azevedo Marques, relator do processo e aliado de Alexandre de Moraes, revisou sua posição inicial, alterando o voto para absolver Seif. Com a exposição das mudanças de opinião do relator, o plenário do TSE decidiu adiar a conclusão do julgamento, buscando evidências adicionais que nem mesmo a acusação, representada pela coligação de Raimundo Colombo, havia solicitado.
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