Desembargadora ligada a grupo investigado perde disputa pelo TJ-BA
A desembargadora Cynthia Resende perdeu hoje, por um voto de diferença, a eleição para a presidência do Tribunal de Justiça de Bahia, foco da Operação Faroeste, que investiga um megaesquema de grilagem de terras mediante compra de sentenças judiciais...
A desembargadora Cynthia Resende perdeu hoje, por um voto de diferença, a eleição para a presidência do Tribunal de Justiça de Bahia, foco da Operação Faroeste, que investiga um megaesquema de grilagem de terras mediante compra de sentenças judiciais.
Na disputa de segundo turno, ela obteve 27 votos entre os 55 colegas; foi eleito Lourival Trindade, com 28 votos. No primeiro turno, ambos tiveram 26 votos.
Em 2017, Cynthia Resende, então corregedora das comarcas do interior, criou, juntamente com a então presidente do TJ-BA, Maria do Socorro Santiago — presa na semana passada — o Centro Judiciário de Solução Consensual de Conflitos Possessórios.
Esse órgão foi responsável por acelerar acordos considerados extorsivos sobre agricultores da região oeste do estado que perderam a posse de suas terras em favor de Adailton Maturino, considerado o chefe do esquema de grilagem.
Um dia depois da criação do órgão, foi designado como coordenador o juiz Márcio Braga, também investigado na Faroeste e que avalizou os acordos.
Não participaram da votação de hoje, por motivos óbvios, Gesivaldo Britto, José Olegário Monção Caldas, Maria das Graças Osório Leal e Maria do Socorro Santiago, todos afastados por suspeita de venderem decisões para beneficiar o grupo investigado no esquema de grilagem.
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