“Desejo vida longa para ele”, diz deputado do PSOL que afirmou que Bolsonaro ‘está para morrer’
O deputado federal Edmilson Rodrigues, do PSOL do Pará, que disse à TV Câmara que Jair Bolsonaro "está para morrer", retornou a ligação a O Antagonista e deu suas explicações sobre a declaração a respeito do estado de saúde do presidente. Após alegar que, no contato anterior -- feito uma hora antes --, "teve um problema aqui no celular", o parlamentar comentou...
O deputado federal Edmilson Rodrigues, do PSOL do Pará, que disse à TV Câmara que Jair Bolsonaro “está para morrer”, retornou a ligação a O Antagonista e deu suas explicações sobre a declaração a respeito do estado de saúde do presidente.
Após alegar que, no contato anterior — feito uma hora antes –, “teve um problema aqui no celular”, o parlamentar comentou:
“Foi no contexto de que muitas pessoas mais diretas, inclusive ministros, aproveitando as divergências do vice-presidente, que, de algum modo incomodou esse núcleo aí do governo, acabaram fazendo com que o presidente assumisse [o cargo do hospital], ainda estando em convalescença, prejudicando, colocando em risco a própria vida do presidente. O contexto que eu falei, dentro de uma entrevista de quase 20 minutos, foi exatamente esse.”
Ele continuou:
“A rigor, as divergências do governo [provocaram] medidas irresponsáveis, que acabam prejudicando a saúde do presidente. Eu desejo vida longa para ele. As divergências políticas não devem jamais significar qualquer desejo de mal. Quem me conhece sabe que eu sou um camarada muito dedicado à luta pela vida.”
Perguntamos se o deputado tem alguma informação a mais sobre o estado de saúde do presidente — além do que está sendo noticiado oficialmente — que o teria levado a dizer que Bolsonaro “está para morrer”.
“Não. Até dois deputados do PSL falaram na parte da tarde [de ontem] sobre o [estado de saúde do] presidente. O que eu disse na entrevista [à TV Câmara] foi apenas para mostrar o risco e a irresponsabilidade de obrigar o presidente a reassumir [o cargo do hospital]. Isso é uma irresponsabilidade, porque você coloca em risco a vida do presidente. E pessoas que deveriam protegê-lo. Porque três, quatro dias, digamos, de restabelecimento [da saúde] não implicariam em uma crise. O vice-presidente não daria nenhum golpe.”
Questionamos se não foi, no mínimo, uma declaração infeliz ou insensível.
“O próprio Eduardo [Bolsonaro], que é um linha dura da ideologia do governo, sempre teve uma relação muito fraterna comigo. Não seria agora que eu iria mudar e ter uma postura de ódio. Não tenho bola de cristal. Torço para que a saúde dele [do presidente] se restabeleça e nós cumpramos o que o povo decidiu, né? Os vices têm alguma legitimidade, mas o povo elege presidente.”
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