Desde maio, sites bolsonaristas vêm apagando textos antigos, aponta levantamento
Desde maio, sites bolsonaristas vêm retirando textos do ar, segundo levantamento do jornalista Guilherme Felliti, da empresa de ciência de dados Novelo Data...
Desde maio, sites bolsonaristas vêm retirando textos do ar, segundo levantamento do jornalista Guilherme Felliti, da empresa de ciência de dados Novelo Data.
No fim de maio, o ministro Alexandre de Moraes autorizou as primeiras diligências da PF nos inquéritos das fake news e dos atos democráticos. Diversos bolsonaristas tiveram os sigilos bancários quebrados e documentos apreendidos. Em junho, alguns foram presos.
Conforme o jornalista publicou no Twitter, foram pelo menos 600 textos retirados do ar pelos sites Terça Livre, Renews, Jornal da Cidade Online e Agora Paraná. São sites acusados de ligação a esquemas de fake news, alguns deles citados nos inquéritos sobre o assunto que correm no Supremo Tribunal Federal.
Leia AQUI o levantamento
De acordo com a análise do jornalista, foram três tipos de limpeza.
O primeiro tipo foi o de limpezas pontuais, de textos específicos ou de matérias ligadas a um único autor. Entre os textos apagados, um que se chamava “Câmara dos Deputados: o manicômio representativo” e outro com o título “Lulopetismo: o desastre soviético maior que Chernobil”. Ambos foram publicados pelo mesmo autor.
O segundo grupo de limpezas foi o de textos escritos por pessoas investigadas nos inquéritos do STF. Diversos sites apagaram textos de Oswaldo Eustáquio, por exemplo, que é investigado por ligação com atos antidemocráticos.
Textos com ataques a Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, também foram retirados do ar.
O terceiro tipo de limpeza foi o da substituição dos bancos de dados dos sites – esses veículos costumam republicar conteúdos uns dos outros, quando não são alimentados inteiramente por textos de outros sites.
Um exemplo é o Renews, que republicava textos de Oswaldo Eustáquio. Todos foram apagados. Ao que parece, sua prisão fez com que seus veículos tentem se afastar do seu trabalho”, Guilherme Felliti escreveu no Twitter.
O endereço do Renews foi redirecionado para outra página, sem conteúdo nenhum, informou o jornalista.
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