Descontentamento de deputados forçou governo a adiar anúncio de Auxílio Brasil
Além da repercussão negativa de investidores, o descontentamento de deputados pesou na decisão do governo de adiar o anúncio do Auxílio Brasil de R$ 400. O relator da PEC dos Precatórios, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o relator da Medida Provisória que cria o novo programa social, Marcelo Aro (PP-MG), fizeram chegar ao governo a insatisfação por ficarem de fora dos debates sobre a criação de um benefício temporário que será pago com recursos fora do teto de gastos...
Além da repercussão negativa de investidores, o descontentamento de deputados pesou na decisão do governo de adiar o anúncio do Auxílio Brasil de R$ 400.
O relator da PEC dos Precatórios, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o relator da Medida Provisória que cria o novo programa social, Marcelo Aro (PP-MG), fizeram chegar ao governo a insatisfação por ficarem de fora dos debates sobre a criação de um benefício temporário que será pago com recursos fora do teto de gastos.
O governo quer incluir a autorização para gastar R$ 30 bilhões fora do teto de gastos e criar o benefício temporário de R$ 211 na PEC dos Precatórios, relatada por Motta (foto). O parlamentar apresentou o parecer da proposta que adia o pagamento de dívidas judiciais em 7 de outubro e a votação do texto na comissão estava marcada para hoje.
Motta fez chegar ao Planalto e a ala política do governo que não gostou de ficar das discussões durante o fim de semana. Segundo o parlamentar, o desgaste de mudar o relatório será exclusivamente dele, o que atrasará a votação. Com isso, a oposição exigirá mais tempo para entender as mudanças no texto e para apresentar emendas.
Para conter a insatisfação de Motta, Jair Bolsonaro escalou o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e o ministro da Cidadania, João Roma, para negociarem pessoalmente com o deputado as mudanças no relatório.
Como noticiamos, Aro disse publicamente que é contra a criação de um benefício temporário. Segundo o parlamentar, o novo programa social deve ser estruturante, permanente e com valor do superior a média do Bolsa Família, atualmente em R$ 189.
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