Desafio no Agro: safristas mantêm Bolsa Família na colheita
Safristas e segurança social, desafio do agronegócio Brasileiro.
Na dinâmica e desafiadora esfera do agronegócio brasileiro, uma questão particularmente premente tem emergido: a contratação de safristas sem comprometer seus benefícios sociais, uma prática ainda marcada pela informalidade e dilemas éticos.
O Brasil, potência agrícola global, enfrenta o paradoxo de acelerar sua produção sem negligenciar os direitos dos trabalhadores temporários que são essenciais ao sucesso das colheitas.
Simultaneamente, o temor de perder benefícios sociais, como o Bolsa Família, coloca muitos desses trabalhadores numa situação complicada.
Uma proposta para a Mudança
O deputado Zé Vitor (PL-MG), atento a essa situação, propõe uma alteração legislativa para assegurar que os safristas possam ser contratados formalmente sem perderem acesso ao Bolsa Família.
Segundo ele, “o setor agropecuário se expande e demanda muita mão de obra temporária.
Muitos beneficiários do Bolsa Família, porém, temem essa formalização temporária, o que cria um dilema entre manter o benefício e trabalhar legalmente.”
Como o trabalho temporário afeta os beneficiários?
A demanda por trabalho temporário no campo é significativa, especialmente na safra de produtos como café, frutas, hortaliças e cana-de-açúcar.
“Há uma característica do campo que é a oferta de trabalhos temporários, algo menos comum nos centros urbanos”, explicou Zé Vitor.
Legislação e iniciativas em andamento
O projeto de lei em discussão já passou pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados e espera avaliação em mais três comissões.
Este movimento legislativo busca descomplicar a contratação de safristas, assegurando que estes não sejam penalizados pela formalização temporária de seu trabalho.
- Entendimento com o setor: No ano anterior, um acordo foi alcançado com a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) para que trabalhadores safristas não fossem excluídos do Bolsa Família, mas esta medida não se mostrou tão efetiva quanto esperado.
- Posição do Ministério do Trabalho: De acordo com a instituição, a solução em discussão é permitir que safristas contratados sejam afastados, mas não desligados, do programa Bolsa Família. Em caso de demissão, estes voltariam a receber o benefício normalmente.
Esta abordagem procura equilibrar a necessidade de mão de obra no setor agropecuário com a proteção social dos trabalhadores, representando um avanço significativo na legislação trabalhista brasileira no contexto do agronegócio.
Assim, enquanto o Brasil continua a fortalecer sua posição como líder agrícola, também se move para garantir que seu crescimento não seja às custas dos mais vulneráveis.
É essencial buscar soluções que promovam o crescimento sustentável do agronegócio, mantendo o respeito pelos direitos dos trabalhadores e assegurando que a segurança social não seja comprometida, mas sim fortalecida nesse processo.
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