Deputados do PL são denunciados pela PGR por corrupção
Os deputados Josimar Maranhãozinho, Bosco Costa e Pastor Gil são acusados de enviar emendas a prefeituras em troca de devolução de parte do dinheiro
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) três deputados federais do PL, de Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro, por corrupção na utilização de emendas parlamentares.
Os deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA, foto), Bosco Costa (PL-SE) e Pastor Gil (PL-MA) foram denunciados pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa.
Maranhãozinho também é investigado em outro inquérito por ter sido gravado manuseando maços de dinheiro vivo. Neste caso, contudo, a denúncia ainda não foi apresentada.
Os autos da denúncia estão sob relatoria do ministro do STF Cristiano Zanin, que já determinou a intimação dos acusados.
Caberá a Primeira Turma do Supremo julgar se transforma ou não os parlamentares em réus.
Desvio de emendas
Segundo o Uol, os deputados Josimar Maranhãozinho, Bosco Costa e Pastor Gil foram são acusados de enviar emendas à prefeitura de São José de Ribamar (MA), cidade localizada a 30 quilômetros de São Luís, para obter o desvio e a devolução de parte dessas emendas.
Conforme o inquérito, o desvio é de 1,6 milhão de reais.
Os nomes dos três parlamentares apareceram em documentos obtidos na Operação Ágio Final, deflagrada em dezembro de 2020. A operação investiga um suposto esquema de extorsão contra prefeituras que foram beneficiadas com as emendas.
O ex-prefeito de São José de Ribamar Eudes Sampaio contou à Polícia Federal ter sido alvo de extorsões do grupo.
Na denúncia, a PGR apresentou trocas de mensagens que indicam pressão do grupo sobre o ex-prefeito.
Embora o dinheiro não tenha sido repassado aos deputados, a PGR considerou que ficou caracterizado o crime de corrupção passiva, no qual os acusados solicitaram ou receberam vantagens indevidas.
A pena prevista para este crime é de um a oito anos de prisão.
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