Deputado sobre Moraes: “Não tem credibilidade para discutir anistia”
Parlamentar afirma que o suposto impacto das explosões que ocorreram em Brasília sobre a anistia é fruto de narrativas endossadas pelo magistrado
O deputado Evair de Melo (PP-ES) opinou sobre as declarações do ministro Alexandre de Moras, que fez oposição ao projeto de lei que anistia presos pelos atos do 8/1. Em entrevista a O Antagonista, o parlamentar afirmou que o suposto impacto das explosões que ocorreram em Brasília, na última semana, sobre a tramitação do projeto de lei da anistia é fruto de narrativas endossadas pela imprensa e pelo próprio magistrado.
“O impacto é zero. Grande parte da mídia tem feito um discurso ideológico e o próprio Alexandre de Moraes, que não tem credibilidade para falar sobre esse tema. Ficam aí com essa narrativa de que vai impactar. Não vai impactar em nada”, analisou.
E continuou: “Engraçado, quando tentam esfaquear Bolsonaro, ninguém fala que foi um atentado à democracia. Quando o MST quebra o STF, ninguém fala que foi um atentado à democracia. Quando o PT e o MST invade o Congresso Nacional, não foi atentado nenhum a democracia. Portanto, se a própria Polícia Federal diz que o Adélio foi um fato isolado, esse caso foi mais isolado ainda“.
O que disse Moraes
Como mostramos, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes se opôs publicamente, nesta quinta-feira,14, à iniciativa de anistiar os presos pelos atos de 8 de janeiro, que o STF condenou por tentativa de golpe de Estado.
Para ele, o episódio da noite de quarta-feira, 13, protagonizado por Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, é fruto de um discurso de ódio voltado contra as instituições: “Não existe possibilidade de pacificação com anistia a criminosos”.
Moraes assumiu o inquérito do caso do homem que se apresentava como Tiü França.
Alinhado
Embora Moraes não seja membro do Legislativo, suas ações têm mostrado influência sobre a cena política e até mesmo um alinhamento entre ele e o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco.
“É necessário não só que nós nos unamos na defesa constante da Democracia, na responsabilização total de todos aqueles que atentaram contra a democracia. Porque a impunidade gera eventos como ontem, a impunidade vai gerar mais agressividade”,afirmou o ministro durante evento do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
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