Deputado pede que PGR investigue ministro após dança erótica em universidade
A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) instaurou procedimento administrativo para apurar a conduta dos organizadores do evento
O deputado federal Evair de Melo (PP-ES) pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) a abertura de investigação sobre a conduta do ministro da Educação, Camilo Santana, após a palestra com a historiadora Tertuliana Lustosa, que foi marcada por uma performance de caráter erótico dentro do ambiente acadêmico.
Como mostramos na semana passada, a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) instaurou procedimento administrativo para apurar a conduta dos organizadores do evento.
Na quinta-feira da semana passada, durante uma palestra promovida pelo Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política – GAEP, a influenciadora digital de esquerda subiu em uma cadeira, levantou o vestido e expôs as suas partes íntimas. No final da performance, ela disse: “Educando com o c.”. Ela é autora da música “Murro na costela do viado”, do grupo “A Travestis”.
Para o deputado federal, o ministro da Educação também deve ser responsabilizado neste episódio, já que ele não adotou, até o momento, nenhuma atitude mais enérgica no caso. Na visão do parlamentar, a omissão do ministro poderia se configurar como crime de prevaricação – quando um servidor público deliberadamente não adota uma providência inerente ao seu cargo.
“Eles estão confundindo liberdade acadêmica com aquilo dali. Então, o ministro precisa tomar alguma medida administrativa”, disse o deputado a O Antagonista.
“As universidades viraram o centro da depredação moral há muito tempo. Eu estou admirado em perceber que outros órgãos não ficaram indignados com aquilo. Se eu sou ministro da Educação, adoto providências no dia seguinte. Uma coisa é liberdade de expressão; outra é aquele tipo de libertinagem”, declarou o parlamentar.
Desconforto acadêmico após dança erótica na UFMA
A palestra gerou desconforto na comunidade acadêmica. A UFMA foi obrigada a emitir uma nota de esclarecimentos obre o caso e afirmou que a cena foi “desapropriada para o momento e a construção do debate acadêmico-científico em que se encontrava”.
“Como sabido, a Universidade é um espaço plural e de diálogos, dedicado ao conhecimento, à diversidade de ideias e ao respeito mútuo. Por isso entendemos que a liberdade de expressão é um pilar fundamental da academia, mas também ressaltamos a importância de se manter um ambiente harmônico e respeitoso para todos os membros da nossa comunidade”, disse a UFMA.
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