Deputado pede criação de comissão para investigar rombo nas estatais
De acordo com estatísticas divulgadas pelo Banco Central, estatais federais encerram 2024 com um rombo de 6,7 bilhões de reais

O deputado federal Zé Vitor (PL-MG) protocolou um requerimento na Câmara dos Deputados, nesta segunda-feira, 24, para que a Casa crie uma comissão externa para acompanhar, monitorar e buscar soluções para o rombo financeiro produzido pelas empresas estatais no país.
Na justificativa do pedido, o parlamentar, que tomou posse na semana passada como novo presidente da Comissão de Saúde da Câmara, ressalta que, de acordo com as estatísticas fiscais divulgadas pelo Banco Central, as estatais federais encerram o último ano com um rombo de 6,7 bilhões de reais, valor dez vezes maior que o déficit de 656 milhões de reais registrado em 2023.
“O rombo financeiro causado pelas estatais brasileiras representa um desafio significativo para a economia e pode gerar diversas consequências negativas, tanto para o setor público quanto para a sociedade em geral”, pontua Zé Vitor.
“Portanto, a Comissão Temporária Externa torna-se fundamental para ouvir as associações de usuários e os gestores, a fim de buscar explicações sobre os resultados negativos. A partir da dinâmica de uma comissão, será possível avaliar as práticas de gestão das estatais de uma forma transparente e com a participação de entes da sociedade civil”, acrescenta.
Ainda segundo o deputado, “a abertura desse diálogo é de extrema importância para esclarecer os motivos do rombo e quais ações estão sendo implementadas internamente para diminuir as despesas, além de elaborar um diagnóstico da administração destas estatais para melhorar o serviço prestado e os resultados das empresas”.
Zé Vitor afirma que, com o déficit das estatais, o governo federal pode ser obrigado a aumentar a dívida pública, o que pode comprometer a capacidade de investimento em outras áreas relevantes, como saúde, educação e infraestrutura.
O requerimento do deputado ainda precisará ser votado no plenário da Câmara. Por enquanto, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), não pautou o pedido para nenhuma data.
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