Deputado ofereceu apartamento funcional para reuniões de grupo de Allan dos Santos, diz PF
O deputado federal bolsonarista Márcio Labre (PSL-RJ) ofereceu seu apartamento funcional em Brasília para reuniões do grupo do blogueiro Allan dos Santos...
O deputado federal bolsonarista Márcio Labre (PSL-RJ) ofereceu seu apartamento funcional em Brasília para reuniões do grupo do blogueiro Allan dos Santos.
A informação está na investigação da PF no âmbito do inquérito dos antidemocráticos. O diálogo sobre o assunto está no celular apreendido do blogueiro.
Segundo a investigação, “[n]o aplicativo WhatsApp, há alguns grupos em que são marcadas reuniões na casa de ALLAN (…). Aparentemente houve uma mudança de grupo após a publicação de uma reportagem na revista Crusoé, em que há uma citação de que ALLAN estaria morando em uma casa no Lago Sul”.
Um usuário identificado como ‘Safaris Metta’ propõe: “Sugestão: espalhem um endereço fake p ver quem é o vazador. Tem q ser algo pensado. Sugestão2: arrumar outro endereço pros encontros p proteger o allan”.
E acrescenta: “todo lugar q formos ter[á] risco de escuta alguma hora”.
Márcio Labre responde: “Meu ap está a disposição”.
Safaris Metta pergunta: “Cabe o povo todo?”
Labre responde: “É funcional”.
Em seguida, o deputado Carlos Jordy (PSL-RJ) envia a mensagem: “pode ser no meu ap[ê] também”.
Em seguida, Labre também enviou uma mensagem de voz, transcrita assim pela PF: “… pode falar no meu nome, pode falar que acontece lá em casa, se precisar de confirmar, eu confirmo. Isso aí a gente consegue resolver. O único problema é que aqui nesse grupo não tem vazamento, né? Basta que tenha um aqui que vaze alguma coisa que acabou a brincadeira de todo mundo aqui”.
Procurada por O Antagonista, a assessoria de imprensa de Márcio Labre não quis comentar.
Carlos Jordy confirmou a O Antagonista a autenticidade das mensagens. O deputado disse: “Não tem nada demais. Fazíamos sempre essas reuniões para debater política”. Segundo ele, porém, não foram realizadas reuniões do grupo em apartamento funcional.
Na sexta passada (4), a PGR pediu ao STF o arquivamento da investigação sobre os atos antidemocráticos.
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