Como registramos há pouco aqui, o deputado Filipe Barros, um dos vice-líderes do PSL na Câmara, acionou, neste mês, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra a subprocuradora-geral da República Deborah Duprat.

O parlamentar pede a instauração de processo administrativo disciplinar alegando que Duprat — que ocupa atualmente a função de Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão — “exerce atividade político-partidária em nome do Ministério Público Federal”.

No ofício — ao qual O Antagonista teve acesso –, Barros contesta o fato de o MPF ter pago diárias e passagens de uma viagem de Duprat de Brasília para São Paulo, em março deste ano, para a participação dela em ato público em favor das vítimas do regime militar (foto abaixo).

“Conforme informação obtida pelo Portal da Transparência do Ministério Público Federal, a ora representada viajou de Brasília/DF a São Paulo/SP no dia 30 de março de 2019 (sábado), tendo retornado da capital paulista no dia 1º de abril de 2019 (segunda-feira). Ocorre que o mencionado ato público ocorreu no final da tarde de domingo (31 de março), muito embora a representada tenha gozado do pagamento de diárias pelo órgão público desde sábado (30 de março). O custo da viagem, incluindo diárias e passagens aéreas, importou o montante de R$ 6.043, 44 (seis mil e quarenta e três reais e quarenta e quatro centavos)”, detalhou o deputado, em trecho do documento.