Deputado apresenta projeto para punir candidatos agressores
Proposta apresentada por Sanderson (PL-SP) estabelece pena de um a quatro anos de prisão, além da possibilidade de cancelamento do registro de candidatura ou cassação de diploma
O episódio envolvendo o apresentador José Luiz Datena (PSDB) e o empresário Pablo Marçal (PRTB), alvo de uma cadeirada do jornalista, movimentou o debate sobre o “vale tudo” nas campanhas eleitorais. Nesta segunda-feira, 16, o deputado Sanderson (PL-RS) apresentou um projeto para tipificar o crime de lesão corporal contra candidatos a cargos eletivos, enquadrados em condutas de agressão, prevendo pena de um a quatro anos de prisão, além da possibilidade de cancelamento do registro de candidatura ou cassação de diploma, caso já tenha sido outorgado pela justiça eleitoral.
“Esse episódio, além de ser muito triste para a democracia, demonstra a necessidade de aperfeiçoamento imediato do ordenamento jurídico pátrio, de modo a não só repreender esse tipo de conduta, como também evitar que esse tipo de prática continue ocorrendo no cenário político-eleitoral”, argumentou o parlamentar.
Segundo ele, “o objetivo do projeto é manter o decoro dos debates eleitorais e coibir qualquer tipo de agressão contra candidatos a cargos eletivos”.
No caso específico da agressão de Datena, que resultou em ferimentos leves em Pablo Marçal, a proposta de Sanderson encontraria um campo de aplicação. O episódio, amplamente criticado por lideranças políticas, ilustra os perigos de um ambiente eleitoral cada vez mais polarizado, em que ataques verbais podem facilmente descambar para agressões físicas.
A cadeirada em Marçal
O debate da TV Cultura foi interrompido após o apresentador José Luiz Datena (PSDB) agredir o influenciador digital Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeira.
Desde o início do debate, os dois trocaram farpas. Mas o clima esquentou quando Marçal relembrou a acusação de assédio sexual sofrida por Datena em 2019. Na época, a ex-repórter da Band Bruna Drews acusou o jornalista de assédio. Depois, ela afirmou ter sido “induzida” a assinar uma carta na qual se retratava e inocentava o jornalista.
“Primeiro, o PCC Marçal… vou lhe dizer uma coisa… a denúncia foi arquivada pelo Ministério Público”, disse Datena. Depois, ele rebateu o influenciador relembrando a condenação sofrida por Marçal em 2010.
“Estamos falando aqui em uma condenação de um ‘bandidinho’ de dados na internet. O que você fez comigo hoje foi terrível”, disse Datena.
Depois disso, Marçal provocou Datena e disse que ele covarde. Que o apresentador não teria coragem nem de agredi-lo. Datena, então, pegou a sua cadeira e partiu para cima de Marçal.
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