Deputado acusado de chefiar milícia é alvo de operação da PF
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 7, uma operação para desmantelar uma milícia que atua na Bahia. De acordo com a corporação, o líder dessa organização é um político que atualmente possui foro por prerrogativa de função...
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 7, uma operação para desmantelar uma milícia que atua na Bahia. De acordo com a corporação, o líder dessa organização é um político que atualmente possui foro por prerrogativa de função.
Segundo apuração do blog da Camila Bomfim, trata-se do deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha (Patriota-BA).
O parlamentar foi alvo de busca e apreensão. A PF chegou a solicitar sua prisão por ser considerado o chefe do grupo criminoso, no entanto, a 1ª Vara Criminal de Feira de Santana negou o pedido, autorizando apenas a busca.
Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 700 milhões das contas bancárias dos investigados, bem como o sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais. Ainda foi ordenada a suspensão das atividades econômicas de seis empresas relacionadas ao caso.
De acordo com a denúncia, a PF realizou investigações que indicam que os denunciados fariam parte de uma organização criminosa armada liderada por Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como ‘Binho Galinha’, desde 2013. Eles agiriam em conjunto, consciente e voluntariamente, com divisão de tarefas, para ocultar e/ou dissimular a origem e propriedade de bens provenientes de diversas infrações penais, como receptação de cargas roubadas/furtadas, extorsão, jogo do bicho e agiotagem, entre outros crimes.
Ao todo, estão sendo cumpridos dez mandados de prisão preventiva e 33 mandados de busca e apreensão. Cerca de 200 policiais federais estão envolvidos na operação.
Durante a investigação, a Receita Federal identificou inconsistências fiscais dos investigados, movimentações financeiras incompatíveis com suas declarações e posse de bens móveis e imóveis não declarados, além de indícios de lavagem de dinheiro.
O inquérito também aponta a participação de três policiais militares do estado da Bahia, que integrariam o braço armado do grupo miliciano. Eles seriam responsáveis por realizar cobranças violentas e ameaçadoras de valores indevidos provenientes de jogos ilícitos e empréstimos com juros abusivos.
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