Deputado aciona PGR para investigar acordo multimilionário do BB
Na visão de Evair de Melo, há indícios de que a direção do BB tenha cometido os crimes de fraude à execução e contra a ordem tributária
O deputado federal Evair de Melo (PP-ES) acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) para que seja instaurada uma investigação sobre o acordo judicial de R$ 600 milhões firmado entre o Banco do Brasil e duas empresas do maranhão.
Como revelou a Crusoé com exclusividade em 21 de junho, o Banco do Brasil topou pagar uma multa multimilionária a um conglomerado de empresas – Aimar Agroindustrial e Coopergraças – que tinham, até recentemente, a participação acionária do ex-ministro de Minas e Energia dos governos Lula e Dilma, Edison Lobão.
E isso depois que o banco levou um calote do conglomerado, ainda nos anos de 1990.
Apesar do envolvimento de duas empresas distintas, o setor jurídico do Banco do Brasil deu aval para que a indenização multimilionária fosse paga a apenas umas das empresas envolvidas para que a outra envolvida fugisse de eventuais confiscos judiciais. Como também mostrou Crusoé com exclusividade, parte do acordo foi assinado pelo ministro do STJ Luís Felipe Salomão em um domingo à noite.
Na visão do deputado Evair de Melo, há indícios de que a direção do Banco do Brasil tenha cometido os crimes de fraude à execução, crime contra a ordem tributária e advocacia administrativa no acordo.
“A decisão rápida e arbitrária, beneficiando a família do empresário Antônio Celso Izar, ex-sócio do ministro Edison Lobão (governo Dilma Rousseff), levantou suspeitas de manobra para evitar débitos fiscais e trabalhistas, além de influências políticas”, diz o deputado no pedido de investigação.
“[A] Empresa beneficiada pelo Banco do Brasil foi denunciada por sujeitar trabalhadores a condições análogas à escravidão, dentre outras violações de direito confirmadas por seus sócios”, acrescentou ele.
“É deveras peculiar que a presidente do Banco do Brasil, nomeada pelo Partido dos Trabalhadores com a benção de Janja, empenhe-se com tamanha celeridade em favorecer indevidamente uma empresa cuja trajetória revela-se tão prejudicial ao trabalhador brasileiro”, afirmou o parlamentar.
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