“Democracia prevaleceu”, diz Alckmin sobre eleições na Guatemala
Vice-presidente do Brasil participou da posse de Bernardo Arévalo, que iniciou seu mandato cinco meses após ser eleito na Guatemala
Representando o governo brasileiro, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) participou nesta segunda-feira, 15, da posse de Bernardo Arévalo como presidente da Guatemala. Após horas de tensão e temores de ruptura democrática, Arévalo iniciou seu mandato cinco meses após ser eleito.
“O processo eleitoral na Guatemala sofreu sérias ameaças, mas a democracia prevaleceu”, disse Alckmin.
O vice-presidente também disse que a posse do presidente Lula (PT) sofreu ameaças e que elas “reforçaram a importância do apoio da comunidade internacional e de instrumentos como a Carta Democrática da OEA para a preservação da democracia no continente americano”.
Arévalo foi eleito para a Presidência da Guatemala em agosto de 2023. Sociólogo e ex-diplomata, ele teve 58% dos votos contra 37% da ex-primeira-dama Sandra Torre.
De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, a posse do novo presidente ocorreu apenas durante a madrugada, cerca de nove horas além do horário previsto. O atraso se deu por conta de disputas políticas no Congresso guatemalteco, o que gerou tensão entre os participantes e convidados ilustres, como os presidentes Gabriel Boric (Chile) e Gustavo Petro (Colômbia), além do rei da Espanha, Felipe 6º, e do chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell.
O que fez atrasar a posse do novo presidente da Guatemala?
O impasse ocorreu por causa de uma decisão judicial no domingo, que determinou que os legisladores do partido Semilla, de Arévalo, assumissem seus cargos como independentes, sem a afiliação partidária suspensa pela Justiça em agosto do ano passado.
Apesar de serem minoria no parlamento, os deputados do Semilla conseguiram reverter a decisão contra eles após debates acalorados e pressão internacional. Além de recuperar suas cadeiras no Congresso, o partido conquistou a presidência da nova legislatura.
A incerteza em torno da posse de Arévalo levou representantes dos Estados Unidos, da União Europeia, da OEA e presidentes latino-americanos presentes na Guatemala pedirem ao Congresso a respeitar a vontade expressa pelos guatemaltecos nas urnas.
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