Delegado que toca inquérito inconstitucional diz não ter acesso às investigações
Um dos delegados que cumpriu medidas determinadas por Alexandre de Moraes no inquérito inconstitucional registrou, no ano passado, que ele mesmo não tem acesso aos autos da investigação, que tramita em sigilo há mais de um ano, quando foi aberta...
Um dos delegados que cumpriu medidas determinadas por Alexandre de Moraes no inquérito inconstitucional registrou, no ano passado, que ele mesmo não tem acesso aos autos da investigação, que tramita em sigilo há mais de um ano, quando foi aberta.
Num despacho de 20 de dezembro, o delegado Romulo Bezerra Lima, lotado na Superintendência da PF em São Paulo, informou a um dos alvos do inquérito, o líder do Movimento Conservador (antigo Direita São Paulo), Edson Salomão, que não tinha cópia do mandado de busca e apreensão realizado contra o bolsonarista naquele mesmo dia.
Ele tinha apenas a intimação e a lista de perguntas a fazer. O próprio delegado interrogou Salomão, questionando se ele “realizou postagens agressiva e ameaçadora ao STF ou a seus ministros”, se “recebe algum apoio financeiro para postar e divulgar essas postagens” e se “recebe orientação ou incentivo para postar mensagens contra o STF”.
Assessor do deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP), Salomão negou todas essas imputações, acrescentando que desde 2014 é ativista político e apenas exerce seu direito de livre expressão, com críticas a decisões nas redes e nas ruas, mas sem agressões ou ameaças.
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