Delatores da J&F ocultaram “fatos relevantes” nas delações, diz desembargadora
A desembargadora Mônica Sifuentes, do TRF-1, afirmou no despacho da prisão de Joesley Batista e Ricardo Saud que os executivos ocultaram "fatos relevantes" em suas delações premiadas...
A desembargadora Mônica Sifuentes, do TRF-1, afirmou no despacho da prisão de Joesley Batista e Ricardo Saud que os executivos ocultaram “fatos relevantes” em suas delações premiadas.
O Antagonista apurou que os “fatos relevantes” foram trazidos pelo delator Lúcio Funaro, operador de Eduardo Cunha. Ao todo, foram presas 19 pessoas na Operação Capitu, – que investiga esquema de propina montado pela JBS no Ministério da Agricultura.
Na decisão de 11 páginas, Sifuentes cita outra operação de 2015, batizada de “O Quinto”, que descobriu como os executivos da J&F eliminaram provas do esquema. Em depoimentos recentes, na condição de colaboradores, Joesley e Ricardo deram declarações parciais, que impediram o esclarecimento dos crimes no Ministério da Agricultura.
“As declarações são, portanto, recentes, e não correspondem ao que foi até o momento apurado pela autoridade policial, revelando que os indiciados continuam a ocultar os fatos, muito embora se comportem, aparentemente, como se estivessem colaborando com a Justiça, assinando acordos de colaboração premiada. Ao que parece, e à primeira vista, na verdade estão direcionando a atividade policial e investigatória para aquilo que lhes interessa revelar, ocultando fatos relevantes para o esclarecimento da atividade criminosa que se instalou no âmbito da administração pública federal”, escreve a desembargadora.
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