“Delator é só mais um mau-caráter e traidor”, disse advogado de Cid sobre delação premiada
O advogado do tenente-coronel Mauro Cid, Cezar Bitencourt, defendeu limitações no uso da delação premiada em artigo publicado na revista jurídica Conjur em dezembro de 2018...
O advogado do tenente-coronel Mauro Cid, Cezar Bitencourt, defendeu limitações no uso da delação premiada em artigo publicado na revista jurídica Conjur em dezembro de 2018.
Na época, o agora advogado, que abriu um canal de negociação com o ministro Alexandre de Moraes, disse que era necessário tomar cuidado para não transformar um ‘delinquente delator em herói nacional’.
“O delator, visto sob qualquer ângulo, não é melhor que nenhum dos demais membros da organização criminosa, pelo contrário, só é mais mau-caráter e traidor de seus comparsas, aliás é um grande covarde que na hora do aperto, para salvar a própria pele, entrega seus companheiros de delinquência, e pensa que, por isso, passa a ser um grande cidadão, benfeitor da comunidade social”, disse Bitencourt.
“Aliás, chega a ser deplorável observar exaltarem a figura do delinquente delator como ‘peça-chave no desmantelamento da criminalidade organizada’, e, o mais grave, é que essa concepção não constitui simples e leviana afirmação de alguns autores, mas representa o entendimento de importantes figurões da nossa República, particularmente do Judiciário e Ministério Público”, declarou.
A PF aceitou ontem o pedido de delação de Mauro Cid. No entanto, para que ela seja aceita, o tenente-coronel Cid precisará apresentar elementos de prova que ajudem nas investigações ou dos atos antidemocráticos, ou do caso das joias sauditas. Moraes deve se manifestar sobre esse caso até o final da próxima semana.
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