Preso aos 80 anos, a situação do ex-médico Roger Abdelmassih gera debates acalorados entre questões de saúde e justiça. Ele, que está condenado a mais de 100 anos de prisão por violentar 37 pacientes, está no centro de mais um pedido de habeas corpus. A defesa busca, mais uma vez, que ele possa cumprir a pena em prisão domiciliar humanitária.

No ano passado, Larissa Sacco Abdelmassih, esposa de Roger e ex-procuradora, já tinha feito um pedido semelhante, que foi negado pela Vara de Execuções Criminais de São José dos Campos. A defesa baseou-se em relatórios médicos e na documentação da Penitenciária de Tremembé, onde Abdelmassih está detido.

Razões Médicas Justificam Prisão Domiciliar?

A quinta turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) havia previamente negado o pedido de prisão domiciliar. A defesa argumenta que a saúde de Roger Abdelmassih está significativamente deteriorada. Ele sofre de diversos problemas de saúde, como hipertensão arterial crônica, doença coronariana, hiperplasia prostática benigna e diverticulite. Alega-se que esses problemas não podem ser tratados adequadamente no ambiente prisional.

Por que os Pedidos Foram Negados?

Apesar das reivindicações da defesa, uma perícia médica externa declarou que Abdelmassih se encontra estável, com sua condição cardíaca controlada e em uso regular de medicação. Este é um dos principais motivos pelos quais o pedido foi negado tanto pela Justiça de São Paulo quanto pelo STJ. A alegação de que ele está sob cuidados paliativos não foi suficiente para convencer as autoridades judiciais.

Qual é a Situação Atual?

Após a rejeição de pedidos no TJSP e no STJ, a defesa de Abdelmassih entrou com recursos, solicitando uma reconsideração das decisões anteriores. O judiciário, agora, aguarda uma resposta do Tribunal de Justiça de São Paulo e do juiz da execução sobre o estado atual de saúde do ex-médico e as providências adotadas pelo sistema prisional.

Este caso exemplifica os desafios enfrentados pelo sistema judiciário ao lidar com criminosos de idade avançada e saúde debilitada. A busca por um equilíbrio entre justiça e humanidade permanece crucial e delicada, exigindo atenção contínua das autoridades competentes.