Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmaram ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o documento apresentado à Justiça é o mesmo convite formal para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Segundo a defesa, o e-mail encaminhado pelo comitê inaugural de Trump, sob o domínio “t47inaugural.com“, trata-se da formalização do convite:

“Evidenciado que o Comitê Trump Vance Inaugural Committee, Inc. foi eleito pelo Sr. Donald J. Trump como responsável pela organização da próxima posse presidencial dos EUA e escolheu o domínio ‘t47inaugural.com’, conclui-se que o e-mail [email protected] é o correio eletrônico oficial e o meio de comunicação formal utilizado pela referida equipe cerimonial. A autenticidade do e-mail é confirmada pela correspondência do domínio ‘t47inaugural.com’ existente tanto no endereço eletrônico quanto no website. A expressão ‘T47’ refere-se ao ‘Mandato 47’ daquele país“, diz trecho.

No documento, os advogados de Bolsonaro dizem que a posse de Trump “consiste em um evento de notória magnitude política e simbólica e o convite encontra-se carregado de significados” e marcaria o encontro entre “dois líderes globais“.

Na semana passada, o ex-presidente solicitou ao STF a autorização para comparecer à posse de Donald Trump em 20 de janeiro.

Além disso, os advogados de Bolsonaro pediram a devolução do passaporte, que está retido pelo Supremo.

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Comprovação

Moraes solicitou a Bolsonaro uma uma comprovação formal do convite para comparecer à posse de Donald Trump.

Segundo o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), o gabinete de Trump enviou o convite por e-mail, em que existia um link do serviço secreto americano no qual Bolsonaro teria preenchido com seus dados pessoais:

“Esse e-mail daqui foi o que chegou para todo mundo, todos que foram convidados por Donald Trump receberam este meio aqui, vindo deste remetente, que é o pessoal do gabinete do Donald Trump“, afirmou.

Plano B

Caso seja impedido de ir à posse, Bolsonaro pode ser representado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), segundo revelou o jornal O Globo.

Aliados do ex-presidente entendem que Michelle seria o “Plano B”, pois o convite ainda seria válido para um acompanhante que, no caso, seria a ex-primeira-dama.

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