O prefeito reeleito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB, foto), afirmou nesta quarta-feira, 1º de janeiro, que os defensores da ditadura não devem ser processados, sustentando que tal atitude é “liberdade de expressão”.

“Eu quero que nesta tribuna e nas 6 mil casas legislativas municipais e no Congresso Nacional que um parlamentar ou qualquer um do povo que diga ‘eu defendo a ditadura’, ele não pode ser processado por isso, porque isso é liberdade de expressão”, disse.

O prefeito continuou sua argumentação, afirmando que os defensores do comunismo e do socialismo também não devem ser alvo de punições.

“Mas eu também quero que aquele que defende o comunismo, o socialismo, que diz que não acredita na democracia liberal, ele não pode ser processado, porque isso é liberdade de expressão”, complementou.

A declaração provocou reações mistas entre os presentes, sendo recebida tanto com aplausos quanto com vaias.

Melo enfatizou que sua luta pela democracia foi uma constante em sua trajetória pessoal e política, mencionando que “o preço da democracia é sua eterna vigilância”.

Desafios à frente do segundo mandato

Em coletiva de imprensa, Sebastião Melo anunciou planos para se reunir com seu secretariado nos primeiros dias da nova gestão, destacando a recuperação urbana como uma prioridade.

Ele citou obras de infraestrutura e proteção contra enchentes como algumas das principais frentes a serem abordadas.

Além disso, prefeito frisou a necessidade de estimular a economia local e manter a cidade limpa, envolvendo tanto o serviço público quanto a população no processo.

A privatização do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) será um tema a ser discutido na Câmara Municipal.

A reeleição de Sebastião Melo

Melo foi reeleito nas eleições de 2024 com 61,53% dos votos válidos, derrotando Maria do Rosário (PT), que obteve 38,47%.

Em todo o estado do Rio Grande do Sul, prefeitos e vereadores assumiram seus cargos em seus respectivos municípios. Dos 497 municípios gaúchos, 35% dos prefeitos foram reeleitos.