Decisão judicial ordena demolição de muro em praia de Pernambuco
Um muro construído ilegalmente em uma praia de Pernambuco será demolido por decisão judicial.
Na última terça-feira, o Tribunal de Justiça de Pernambuco decidiu a favor da demolição de um muro construído com troncos de coqueiro na praia de Pontal de Maracaípe, em Ipojuca. A decisão ocorreu após uma solicitação da Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, impondo também uma multa diária de R$10 mil em caso de descumprimento.
O muro foi erguido em maio de 2023 por um empresário proprietário de um terreno naquela área. Desde sua construção, a barreira tem gerado controvérsias e insatisfação entre comerciantes, moradores e turistas, que enfrentam dificuldades de acesso à praia, um local famoso por sua biodiversidade preservada, incluindo manguezais e vegetação de restinga.
Quais Irregularidades Foram Identificadas?
Inicialmente, em 2022, a CPRH havia concedido autorização para a obra, mas posteriormente a licença foi revogada após o Ibama identificar irregularidades ambientais. O Tribunal de Justiça de Pernambuco pontuou que a estrutura ultrapassava a faixa da praia e impactava negativamente o turismo local. Assim, a demolição foi considerada necessária para preservar o acesso público e conformidade ambiental.
Impactos no Turismo e na Comunidade Local
A construção do muro gerou preocupações com o impacto na região, conhecida por ser um polo turístico relevante no estado. O atraso de turistas e a quebra da paisagem natural afetaram a imagem da praia, prejudicando comerciantes e habitantes que dependem do fluxo turístico. A expectativa é que, com a remoção do muro, o acesso à praia seja normalizado, favorecendo a recuperação das atividades econômicas locais.
Qual o Futuro do Terreno Após a Demolição?
Com a ordem judicial estabelecida, a expectativa é de que a família Fragoso, proprietária do terreno, cumpra a decisão em breve. Tal ação deverá refletir positivamente na relação com a comunidade e assegurar o cumprimento das normas ambientais exigidas. João Fragoso, o proprietário, ainda não emitiu um posicionamento oficial sobre o resultado judicial.
Próximos Passos e Repercussão
- Monitoramento da demolição e conformidade com prazos estabelecidos pela justiça.
- Acompanhamento por órgãos ambientais para garantir a restauração da área afetada.
- Avaliação dos impactos econômicos e turísticos após a remoção completa do muro.
Em resumo, a decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco busca reafirmar o direito ao acesso público e a preservação ambiental na Praia de Pontal de Maracaípe, exemplificando a importância da união entre turismo sustentável e o cumprimento de legislações ambientais. O caso continua a repercutir, destacando-se como um exemplo da importância de boas práticas na gestão de áreas de alto valor ecológico e turístico.
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