Debate da RedeTV: nem cadeirada contém o ímpeto de candidatos em SP
Para evitar novas agressões físicas, a emissora endureceu as regras do programa e parafusou as cadeiras usadas pelos candidatos
Nem mesmo a cadeirada de Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB) no debate da TV Cultura foi o suficiente para reduzir o ímpeto ou as provocações entre os principais candidatos à prefeitura de São Paulo no embate promovido pela RedeTV nesta terça-feira, 19.
Para evitar novas agressões físicas, a emissora endureceu as regras do debate, aumentou a segurança e chegou ao ponto de parafusar as cadeiras usadas pelos candidatos.
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Se, por um lado, não houve agressões físicas, por outro, os ataques verbais foram semelhantes aos dos outros embates. Embora em menor proporção.
Logo no início do debate, Marçal foi advertido ao usar o termo “bananinha” para se referir ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). Depois, no terceiro bloco, chamou Guilherme Boulos (PSOL) de ‘Boules”, em referência ao uso da linguagem neutra no hino nacional em um comício. O evento contou com a participação de Lula.
Sem apelidos, sobraram acusações entre os candidatos
Sem esse o artifício dos apelidos – contido pela mediadora Amanda Klein -, coube ao influenciador chamar o atual chefe do Poder Executivo de “tchutchuca do PCC” e afirmar, sem provas, que o gestor seria preso por desvio de dinheiro da merenda.
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“Nós vamos prender o Ricardo Nunes por uma denúncia de desvio de dinheiro de merenda. No último debate, o Boulos chamou ele de ladrão de creche. Não sou eu que estou te acusando disso, quem está acusando é a Polícia Federal”, declarou Marçal.
Em resposta ao ex-coach, o prefeito de São Paulo disse: “Você chegou só agredindo, a todos. Ao pai da Tabata, ao Boulos, ao Datena, a mim… só a Marina [Helena] você poupou um pouco. Isso é ruim para você”.
O prefeito ainda complementou: “Ele saiu da cadeia, mas a cadeia não saiu dele.”
Esse foi o momento mais tenso do debate. Amanda foi obrigada a também subir o tom de voz e ameaçar suspender os candidatos que desrespeitarem as regras do programa.
Até entre as mulheres houve discussão. Marina Helena (Novo) acusou Tabata Amaral (PSB) de usar um jatinho com dinheiro público para visitar o namorado, o prefeito de Recife, João Campos. Tabata classificou a acusação como mentirosa e declarou que iria processar a ex-auxiliar do ex-ministro Paulo Guedes.
Datena, um orangotango?
Também coube ao influenciador digital chamar Datena de Orangotango por conta da cadeirada do último domingo.
“Datena teve um comportamento análogo a um orangotango”, disse Marçal, ao usar um questionamento para o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). “Oh Pablo, a única forma de falar com um ladrão de velhinho, é só na Justiça. Você pode me provocar do jeito que for. Eu só bato em covarde em apenas uma vez. Eu não quero fazer as pessoas perder tempo”, retrucou Datena em direito de resposta.
Durante o debate, Marçal também pediu desculpas à deputada federal Tabata Amaral (PSB) por explorar a morte do pai da deputada federal durante uma entrevista concedida à revista IstoÉ.
“Aqui ninguém reconhece nada. Eu reconheço. Eu realmente fui injusto com a Tabata. Eu acho que passei do limite”, declarou Marçal.
A parlamentar não desculpou Marçal no ar.
Em julho, o Marçal declarou que o pai da deputada faleceu porque foi abandonado pela candidata quando foi para os Estados Unidos.
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