De que serve a GLO decretada por Lula?
Dias após dizer que não o faria, Lula decretou uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) restrita a portos e aeroportos no Rio de Janeiro e em São Paulo. A medida foi classificada como "piada de mau gosto" por...
Dias após dizer que não o faria, Lula decretou uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) restrita a portos e aeroportos no Rio de Janeiro e em São Paulo. A medida foi classificada como “piada de mau gosto” por editorial publicado pelo Estadão nesta sexta-feira, 3.
“Segurança pública é coisa séria. Exige conhecimento do problema, planejamento, responsabilidade e respeito às competências institucionais e às habilidades funcionais dos diversos órgãos de Estado. Mas o presidente Lula da Silva parece preferir outro tipo de medida, baseada exclusivamente em cálculo político-eleitoral. Sem enfrentar as causas, simula alguma proatividade e, para piorar, ainda envolve os militares. É pedir, por decreto, para dar errado”, diz o jornal.
Segundo o Estadão, “a GLO de Lula é uma demonstração perfeita das razões pelas quais a situação da segurança pública no País está do jeito que está”. “Ninguém quer resolver as causas do problema. Ninguém quer olhar para além de seus interesses políticos imediatos. É tudo uma grande farsa, como fica evidente pelo próprio período da GLO: de 6 de novembro de 2023 até 3 de maio de 2024. O combate ao crime organizado dura seis meses? É assim que o governo federal encara a gravidade do problema: algo que pode ser enfrentado com uma força-tarefa de seis meses em três portos e dois aeroportos?”, questiona o jornal.
O editorial diz ainda que “colocar os militares para combater o crime organizado é uma resposta amadora, completamente antiprofissional”. “Para piorar, a medida transmite uma mensagem errada à população, como se coubesse a militares cuidar da segurança pública”, diz o texto.
O Estadão finaliza dizendo que, “com a nova GLO, não são apenas os atos de Lula que ficam se parecendo com os de Bolsonaro, ao envolver os militares em missão que não lhes cabe”. “Também os ministros de Lula ganham uma estranha similaridade com os do governo anterior, ao cultivarem não a lei da República, mas uma outra lei, definida assim pelo antigo ministro da Saúde Eduardo Pazuello: ‘Um manda e o outro obedece’. Os resultados são bem conhecidos.”
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