De olho no apoio de evangélicos para o STF, Humberto Martins libera Museu da Bíblia
Humberto Martins acolheu recurso do governo Ibaneis Rocha e liberou a construção do Museu Nacional da Bíblia em Brasília. As obras estavam paralisadas por ordem da 7ª Vara da Fazenda Pública do DF. Em sua decisão (a íntegra aqui), Martins alegou "interferência indevida na execução da política cultural do governo distrital" e prejudica o turismo. Embora diga que o Museu da Bíblia "embasa as mais variadas religiões", a obra é uma reivindicação da bancada evangélica...
Em sua decisão (a íntegra aqui), Martins alegou “interferência indevida na execução da política cultural do governo distrital” e prejudica o turismo.
Embora diga que o Museu da Bíblia “embasa as mais variadas religiões”, a obra é uma reivindicação da bancada evangélica, que destinou a ela R$ 14 milhões em emendas parlamentares. O GDF cedeu o terreno em área nobre no Eixo Monumental.
A decisão do presidente do STJ pavimenta seu caminho para o STF, na vaga de Marco Aurélio Mello.
Na disputa, Martins conta com o apoio de Flávio Bolsonaro, ministros do Supremo antilavajatistas e grandes bancas de advogados, mas vinha sofrendo resistência de lideranças evangélicas, que não o consideram “terrivelmente evangélico”.
A obra do Museu da Bíblia era questionada pela Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea), que alegou violação do princípio da laicidade do Estado e intervenção estatal em matéria religiosa.
Para Humberto Martins, “fomentar a cultura é dever estatal de especial importância para o desenvolvimento de uma sociedade conectada com sua história, seus costumes e sua identidade”.
“Especialmente no atual momento pandêmico – infelizmente vivido por todos –, ficou evidente o quanto a cultura é estrutural para propiciar saúde emocional aos cidadãos. O Brasil, inclusive, é muito carente de preocupação robusta com o fomento cultural.”
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