De herói a vilão
O Tribunal de Contas do Distrito Federal foi alçado a herói por ter alertado sobre o risco de desabamento do viaduto que caiu ontem em Brasília, mas é preciso analisar melhor o caso...
O Tribunal de Contas do Distrito Federal foi alçado a herói por ter alertado sobre o risco de desabamento do viaduto que caiu ontem em Brasília, mas é preciso analisar melhor o caso.
Tudo começou com uma representação do Ministério Público junto ao TCDF, em abril de 2011 – a procuradora que assina a peça já está até aposentada.
Em 9 de março de 2012, foi apresentado um plano de auditoria, aprovado no dia 27 daquele mesmo mês. Em 15 de maio, já havia um relatório preliminar que foi enviado aos gestores.
Só em 27 de novembro, o relator apresentou seu voto sobre o caso, determinando que, em 90 dias, fosse apresentado um “plano de implementação” para corrigir as situações encontradas na auditoria.
No início de 2013, foi autorizada uma prorrogação de 45 dias para a implementação desse plano. No meio do ano, mais 45 dias foram solicitados.
Em 2014, foram dados mais 30 dias para que o governador apresentasse outro plano de implementação. Depois, houve pedido à Procuradoria Geral do DF para ampliação do prazo por outros 60 dias. Em 2015, foram dados mais 120 dias e nunca mais o processo teve outra decisão.
Em fevereiro de 2017, há um ano, alguém se lembrou do processo e foi elaborada uma informação sugerindo que o TCDF monitorasse “periodicamente” o plano de implementação das ações de conservação do patrimônio público.
O tempo passou, o processo não voltou mais à discussão no TCDF e o viaduto não aguentou esperar – e desabou.
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