Datafolha: Nunes e Boulos seguem em empate
Prefeito de São Paulo tem 23% e o deputado federal, 22%. Empate técnico persiste desde a última pesquisa, divulgada em julho
Resultados de pesquisa Datafolha divulgados nesta quinta-feira, 8 de agosto, apontam estabilidade no empate técnico entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) em intenções de voto para as eleições de outubro para a prefeitura de São Paulo.
O prefeito de São Paulo tem 23% e o deputado federal, 22%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
O empate técnico persiste desde maio. Dois levantamentos foram realizados nesse período. No último, divulgado em julho, Nunes tinha 24% das intenções de voto, ante 23% de Boulos.
Dois outros candidatos disputam o terceiro lugar, o apresentador José Luiz Datena (PSDB) e o coach Pablo Marçal (PRTB). Ambos tem 14% na pesquisa desta quinta.
A deputada federal Tabata Amral (PSB) está com 7% das intenções de voto e Marina Helena (Novo), 4%.
O Datafolha ouviu 1.092 eleitores entre terça, 6, e quarta, 7.
Boulos tenta reverter encolhimento do PT em São Paulo
O deputado federal Guilherme Boulos (foto), do PSOL, lançou oficialmente sua candidatura para a prefeitura de São Paulo em 20 de julho, ao lado de diversos figurões petistas. O objetivo é retormar a força que o PT já teve na periferia da cidade, em eleições passadas.
“A ideia de Boulos é entrar no voto lulista da cidade. Ele precisa ganhar o voto da periferia, que tem sido vermelho desde a vitoria da Marta, em 2000. Por isso, ele quer se consolidar nesse corredor. Lula venceu a eleição presidencial nesses lugares, o que explica essa estratégia“, diz o cientista político Bruno Soller.
Boulos tem penado para alcançar esse objetivo. Em primeiro lugar, porque sua taxa de rejeição é a mais alta entre todos os candidatos. Na pesquisa de maio, 32% dos paulistanos diziam que jamais votariam em Boulos.
Além disso, o PT tem perdido muita força na cidade, tanto que o partido não tinha nem nomes para a prefeitura. Boulos é do PSOL. Para o cargo de vice da chapa, foi preciso chamar de volta Marta Suplicy, que estava no MDB e com um cargo na prefeitura de Ricardo Nunes.
Esse empenho para recuperar o voto petista é o que explica a presença do presidente Lula, do ministro da Fazenda Fernando Haddad e de Luiza Erundina (PSOL, antes PT) no comício para marcar o início da campanha de Boulos.
É isso o que também explica os ataques virulentos de Lula aos políticos de direita.
“Nunca mais a extrema-direita, os fascistas, os nazistas, os negacionistas, os mentirosos vão voltar a comandar este país ou esta cidade”, disse Lula, sem nomear nenhum político específico.
Segundo Bruno Soller, a tentativa de Lula é incutir o bolsonarismo no adversário de Boulos, o prefeito Ricardo Nunes, um político moderado e de longa trajetória no MDB.
“Lula busca…
Leia mais em Crusoé
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)