Datafolha aponta Nunes e Marçal empatados e Boulos à frente
Pesquisa sobre a corrida pela Prefeitura de SP mostra estabilidade desde o último levantamento, divulgado na quinta-feira, 3, mas ex-coach oscilou negativamente entre eleitores de Jair Bolsonaro
Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, 5, projeta segundo turno indefinido na corrida pela Prefeitura de São Paulo. O deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) aparece na liderança, com 29% dos votos válidos, em empate técnico com o prefeito Ricardo Nunes (MDB, foto) e o influenciador Pablo Marçal (PRTB), cada um com 26%.
Nos votos totais, Boulos tem 27%, enquanto Nunes e Marçal aparecem com 24%, o mesmo que ambos tinham de acordo com a pesquisa do instituto divulgada na quinta-feira, 3.
A deputada Tabata Amaral (PSB-SP) também tem os mesmos 11% do levantamento anterior, e o apresentador José Luiz Datena (PSDB) manteve seus 4%. De acordo com os Datafolha, 22% dos eleitores disseram que ainda podem mudar seus votos.
Eleitores de Bolsonaro
Há um pequeno, mas significativo, detalhe que distingue sutilmente os dois levantamentos: Nunes recuperou algo do espaço perdido para Marçal entre os eleitores que votaram em Jair Bolsonaro em 2022.
O influenciador tem 49% das intenções de voto nesse grupo, dois pontos percentuais a menos do que na pesquisa anterior, enquanto Nunes passou de 32% para 36%.
Tanto Bolsonaro quanto o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), têm se posicionado contra Marçal, enquanto políticos bolsonaristas como os deputados federais Ricardo Salles (Novo-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG) optaram por Marçal.
O Datafolha ouviu 2.052 eleitores na sexta-feira, 4, e neste sábado, a pedido da Folha de S.Paulo e da TV Globo. O nível de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Laudo falso
Marçal roubou a cena mais uma vez na campanha na noite de sexta-feira ao publicar um laudo falso para dizer que Boulos é usuário de cocaína. Questionado sobre o assunto, disse que apenas publicou o material que recebeu.
A Polícia Federal abriu inquérito para investigar o caso, suas contas nas redes sociais foram derrubadas e o ministro Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes cobrou do ex-coach explicações sobre o uso do X.
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