Danilo Gentili: A máquina de moer reputações a todo vapor
Danilo Gentili escreveu mais um texto para O Antagonista:"Eu, como qualquer pessoa normal, lamento muito o que houve com a moça no Rio de Janeiro. Ninguém deve ser vítima de qualquer tipo de violência.Lamento também que esse episódio triste sirva de pretexto para que pessoas de má-fé se apropriem da tragédia alheia e façam disso palanque político: não para defender suas ideias, ou verdadeiramente lutar contra o estupro, mas para atacar covardemente pessoas que discordam de suas posições políticas..."
Danilo Gentili escreveu mais um texto para O Antagonista:
“Eu, como qualquer pessoa normal, lamento muito o que houve com a moça no Rio de Janeiro. Ninguém deve ser vítima de qualquer tipo de violência.
Lamento também que esse episódio triste sirva de pretexto para que pessoas de má-fé se apropriem da tragédia alheia e façam disso palanque político: não para defender suas ideias, ou verdadeiramente lutar contra o estupro, mas para atacar covardemente pessoas que discordam de suas posições políticas.
Sob o governo do PT e graças ao seu já muito noticiado patrocínio, formou-se um exército – ou melhor, uma guerrilha – pronta para atacar e tentar destruir a imagem de quem quer que ouse criticar os seus líderes, denunciá-los ou ridicularizá-los. Uma gente cega e/ou oportunista que põe de lado qualquer valor moral quando o que está em jogo é a manutenção do poder deste bando que sangrou o Brasil de modo sem igual. Não penso que fazem isso só por ideologia. Na verdade, tenho certeza de que, em sua maioria, são uns aproveitadores que vivem (viviam?) do ‘bolsa-difamação’. Pesquise no Google os verbetes ‘MAVs’ e ‘blogueiros na Lava Jato’.
É assim que funcionam os discípulos brasileiros de Goebbels. Ao lado de banners com patrocínios estatais, repetem mentira até virar verdade.
A rapidez da veiculação e a superficialidade das ‘informações’ publicadas nas redes sociais e blogs facilitam este modus operandi, já que se sabe que bem poucos procuram aferir a veracidade dos ‘fatos’ apresentados.
Contentam-se apenas com ler a manchete que pinga na timeline do Facebook. Isso é o suficiente para saírem apedrejando o difamado, para, com isso, sentirem-se moralmente superiores. Afinal, o maior atalho para alguém se passar por ‘pessoa do bem’ é apedrejar quem é do ‘mal’. E, é claro, são eles que decidem quem é do mal.
Aliás, não há nada de novo nisso: é a velha falácia do espantalho.
Como essa esgotosfera vaza com tanta facilidade para a grande mídia?
Outro humorista explica:
Se não é por grana, é por fanatismo.
Entre muitas outras coisas no passado, já inventaram que eu chamei uma doadora de leite de “vaca”. Isso nunca aconteceu. E usam essa mentira como se fosse verdade até hoje.
Na semana passada, descontextualizaram uma crítica que fiz ao despreparo de uma senadora. O que, obviamente, era uma crítica ao seu discurso desconexo em defesa de bandidos foi transformada na mídia em preconceito racial da minha parte. Claro que ela era do PT e, portanto, intocável. O senador Paulo Paim abriu moção de censura contra minha pessoa. Curiosamente, tirando o veículo oficial do Senado, nenhum outro jornal ou blog noticiou isso. Um humorista satirizar uma senadora virou assunto de relevância nacional. Um senador pedir censura em pleno regime democrático foi um detalhe a ser ignorado.
Vejam só: aqueles senadores ocuparam a tribuna do Senado para defender políticos que chafurdaram na sujeira do mensalão, petrolão e certamente de outros ‘ãos’ que virão à tona, mas qual foi a manchete? Danilo Gentili é racista!
Mas fiquem tranquilos. Eu já me desculpei pelo fato aqui:
E vamos às últimas “notícias”.
Ontem, retiraram de contexto um post meu de 2012, em que eu ironizava mais uma das estúpidas polêmicas do Big Brother, e o publicaram como se fosse um comentário a favor do estupro da menina do Rio de Janeiro, ocorrido nesta semana, em 2016, portanto. Conseguiram o que queriam: a ira e o repúdio de muita gente contra mim.
Amanhã, certamente compartilharão algo ainda pior a meu respeito. Nos próximos dias, idem. Eu sei que isso ocorrerá, porque assim tem sido desde que preferi não ceder às pressões de moldar o meu pensamento ao exigido pela patrulha da hegemonia ideológica que pensa reinar por aqui.
É assim que funciona a máquina de moer reputações. E você, que está lendo isto agora, paga por ela.
Sempre lidei com eles com a arma que mais gosto de usar: o humor. No entanto, a queda já quase definitiva da presidente, a implicação quase que absoluta do seu antecessor no maior escândalo de corrupção do país e a implosão do partido político que serviu de palco para tudo isso têm deixado os difamadores profissionais espumando pela boca. Eles estão desesperados e, por isso, agora resolveram cometer constantes crimes contra os que julgam desafetos. Por exemplo, o militante petista Trajano, usando seu distintivo de jornalista, ontem me acusou na televisão de um crime que jamais cometi (e com certeza jamais cometeria). Ao contrário do que esse povo diz, eu não acho que todo homem é um estuprador em potencial, pois eu sou homem e abomino o estupro.
Como eu provo AQUI e também AQUI, eles não estão nem aí para ‘o que é dito’ ou para ‘o que é feito’, mas, sim, para ‘quem disse’ ou para ‘quem fez’. Essa ninhada tem uma tremenda indignação seletiva, que só perde em tamanho para sua simpatia gigantesca por bandidos e assassinos de verdade.
São apenas urubus torcendo pelo próximo cadáver, se alimentam disso. São sociopatas que segmentam e, depois, amputam as vítimas para que os pedaços se encaixem em suas peças de propaganda. Eles pensam que, dessa maneira, convencem a todos que a escrotidão que praticam e defendem é justificável pois seria para ‘o bem maior’. Sim, é doentio. E, cada vez mais, mais pessoas percebem isso.
Fica registrado aqui mais um tijolo no muro. Muro que usam para fuzilar qualquer pessoa que ousar discordar dessa corrente ideológica liberticida da qual são fanáticos devotos.”
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